Ação de revista na Penitenciária Esmeraldino Bandeira apreende celulares e drogas | Divulgação
Na manhã desta sexta-feira (21), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou uma revista na Penitenciária Esmeraldino Bandeira, localizada no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. A operação tem como objetivo auxiliar nas investigações sobre o grupo criminoso alvo da operação na Vila Aliança, realizada no dia anterior.
O presídio abriga membros do Terceiro Comando Puro (TCP), facção responsável pelo controle da área onde ocorreu a operação policial. Durante a revista, os agentes apreenderam 39 celulares (sem identificação de IMEI) e 21 chips. Também foram encontrados 935 gramas de pó branco e 1.110 gramas de erva seca picada, materiais supostamente entorpecentes.
Tecnologia a favor da operação
A operação contou com o uso de tecnologias avançadas, como a câmera sonda endoscópica, que permite realizar inspeções em locais de difícil acesso. Esse tipo de equipamento é fundamental para garantir que nenhum objeto ilícito passe despercebido, especialmente em um ambiente com as características de um presídio.
Operação Mute: combate à comunicação ilícita
A revista na Penitenciária Esmeraldino Bandeira faz parte da 7ª fase da Operação Mute, que teve início no dia 17 de março. Essa ação, realizada pela Seap em conjunto com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), abrange mais de 40 cadeias no estado.
O foco da operação é combater a comunicação ilegal dentro das unidades prisionais, retirando celulares das celas e, assim, prejudicando a atuação do crime organizado.
O combate à comunicação ilícita dentro dos presídios é visto como uma medida estratégica para reduzir os índices de violência, especialmente em relação às ações criminosas no Rio de Janeiro. A operação visa, ainda, enfraquecer facções como o TCP, que operam com grande poder dentro das unidades prisionais.
Quadrilha especializada em roubos a vans é desmantelada na Zona Oeste
Na quinta-feira (20), a Polícia Civil deflagrou uma operação na Vila Aliança, Zona Oeste do Rio, contra um grupo especializado em roubos a vans.
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Durante a ação, seis pessoas foram presas, e um copiloto de helicóptero da corporação foi baleado na cabeça.
A quadrilha e seu modo de operação
O grupo investigado é altamente organizado. Segundo as autoridades, a quadrilha contava com batedores, roubadores, receptadores e desmanchadores. O líder da organização foi flagrado em conversas que indicavam os alvos dos roubos, além de negociar a venda de peças dos veículos roubados.
Investigações apontam que a quadrilha causou um prejuízo superior a R$ 5 milhões ao setor de transporte turístico do estado no ano de 2024. As diligências indicam que os criminosos mantinham um contato constante para planejar e executar os roubos, tornando-se um problema significativo para o setor.
Copiloto baleado durante operação
Durante a operação, Felipe Marques Monteiro, copiloto de um helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foi baleado na cabeça. Ele foi socorrido e internado no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, onde passou por cirurgia. O estado de saúde de Felipe é grave, e familiares e amigos pedem doações de sangue para auxiliar em sua recuperação.
Com este incidente, Felipe se torna o 33º agente de segurança baleado no Rio de Janeiro em 2025. O dado, divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado, revela uma média de um policial ferido a cada dois dias e meio no estado.
