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A maldição

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A maldição | Reprodução/Esporte News Mundo

Nos anos 90 a Itália dominava o vôlei masculino mundial. Tanto que foi tricampeã nos de 1990, 1994 e 1998. Em 90, no Mundial realizado no Brasil, bateu Cuba na decisão por 3 sets a 1 (o Brasil ficou em quarto lugar); em 94, no Cosmovolley, em Atenas, derrotou a Holanda, também por 3 a 1 (a campanha do Brasil, então, foi ridícula); em 98, no Japão, detonou a Iugoslávia por 3 a 0 (mais uma vez o Brasil ficou em quarto lugar).

Obviamente os azzurri chegavam aos Jogos Olímpicos como favoritos. Só que…

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Nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, o ouro ficou com o Brasil, a primeira medalha dourada em esportes coletivos de nosso país – a Itália nem pódio pegou. Na Olimpíada de Atlanta, em 1996, o lugar mais alto do pódio ficou com a Holanda, que derrotou a… Itália na decisão. Em Sidney, 2000, o ouro foi da Iugoslávia, com a equipe azzurra em terceiro lugar (o Brasil não chegou sequer às semifinais). Deu para perceber alguma coisa?

Pois bem…

No Mundial de 2022, realizado em parceria por Polônia e Eslovênia, a Itália foi novamente campeã. Bateu justamente a equipe polonesa, dona da casa – o Brasil ficou em terceiro lugar, derrotando a outra anfitriã na luta pelo bronze. Aí, vieram os Jogos de Paris 2024. Quem surge como favorita ao ouro? A Itália, é claro.

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E quis o destino, menino traiçoeiro, que italianos, poloneses e brasileiros ficassem na mesma chave na fase de grupos. A Itália saiu surrando todo mundo, terminou em primeiro lugar com três vitórias em três jogos, uma por 3 a 0 (Egito) e duas por 3 a 1 (Brasil e Polônia). Vaga nas quartas ok, adversário definido, o Japão. Os japoneses abriram 2 sets a 0 e 24 a 21 no terceiro set. O destino italiano parecia traçado. Só que a Azzurra virou o jogo e venceu por 3 a 2. Encheu-se de moral para a semifinal contra a França (detalhe: atual campeã olímpica).

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Todos esperavam uma partida difícil, equilibrada, mas pendendo para a Itália.

Esqueceram, porém, do retrospecto italiano em Jogos Olímpicos. Uma maldição, talvez. E os franceses não tomaram conhecimento do time da Bota, vencendo por fáceis 3 a 0 (25/20, 25/21 e 25/21). Sábado, a França lutará pela segunda medalha de ouro consecutiva no vôlei masculino contra a Polônia, que passou bem pelos Estados Unidos, depois de estar perdendo por 2 a 1 (virou para 3 a 2, com 15/13 no tie-breaker). Aos italianos, restou lugar pelo bronze e esperar, quem sabe, mais quatro anos para livrar-se da maldição olímpica.

Novo esporte nacional

A maldição

A maldição | Divulgação/X/Jogos Olímpicos

Desta vez não foi com Rayssa Leal, mas o skate deu outra medalha de bronze para o Brasil em Paris.

A honra coube ao menino maluquinho Augusto Akio, que conseguiu um 91,85 no street park e assumiu o terceiro lugar no pódio olímpico de Paris – perdeu para o australiano Keegan Palmer (93,11, conquistando a segunda medalha de ouro do esporte em duas disputas olímpicas) e para o estadunidense Tom Schaar (92,23).

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Detalhe: dentre os oito finalistas, o Brasil tinha três (isso mesmo, todos os nossos atletas chegaram à final). Akio ficou em terceiro; Pedro Barros, que fora bronze em Tóquio, foi o quarto; e Luigi Cini foi o sétimo.

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