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Benny Briolly: a primeira vereadora travesti da cidade

Benny Briolly: a primeira vereadora travesti da cidade

Benny Briolly: a primeira vereadora travesti da cidade | Reprodução Instagram

A evolução política das mulheres em Niterói reflete um processo gradual de conquista de direitos e visibilidade, marcado por avanços importantes nas últimas décadas. Desde a fundação da cidade em 1573, a participação feminina na política foi restrita, com as mulheres limitadas a papéis secundários na sociedade. No entanto, ao longo dos 451 anos de história, a luta por igualdade de gênero e o acesso delas aos espaços políticos foram crescendo.

Reeleita este ano, Benny Briolly, como ela mesma se define, é “uma mulher travesti, negra e periférica”, que nasceu e foi criada nas favelas da Zona Norte de Niterói. Se tornou a primeira parlamentar travesti no estado do Rio de Janeiro, quando se elegeu vereadora em 2010. Atualmente é líder da bancada do Psol Niterói e presidenta da Comissão de Direitos Humanos, da Mulher, Criança e Adolescente.

“Ser a primeira parlamentar travesti eleita no estado do Rio de Janeiro e a vereadora mais votada do município de Niterói, diz que estamos preparados para construir um Brasil diverso e plural. Enquanto uma identidade travesti, negra, favelada e periférica, digo que é uma vitória, estamos honrando e continuando o legado das nossas ancestrais”.

Ao Folha do Leste, a vereadora ainda fez questão de ressaltar que muito ainda precisa ser feito, não apenas em Niterói.

“Se hoje ocupo esse espaço, é para que outras assim como eu também estejam na política. O Brasil e Niterói são travesti, somos favela e negritude. Por isso é que a velha política se sente ameaçada quando ocupamos este espaço. Porque sabe que não estamos sozinhas. Represento todas e todos aqueles e aquelas que sofrem violência e negligência do estado”.

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