Manuela D’Ávila se desliga do PCdoB após 25 anos | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
No último domingo (03), o PCdoB anunciou oficialmente a saída de Manuela D’Ávila, uma figura emblemática da política gaúcha e brasileira, após 25 anos de militância. A jornada de D’Ávila no partido foi marcada por conquistas significativas. Desde sua atuação como vereadora em Porto Alegre, passando pela deputação federal e estadual, até sua candidatura à vice-presidência da República em 2018.
“Respeitamos, mas lastimamos tal decisão”, afirmou o partido.
Manuela construiu uma carreira sólida, refletindo as aspirações de muitos progressistas. Porém, as relações nem sempre foram harmoniosas. De acordo com ela, um dos principais pontos de discórdia foi a formação da Federação Brasil Esperança, que uniu PT, PV e PCdoB. Para D´Ávila, essa aliança poderia desmantelar a identidade do partido e enfraquecer sua voz nas decisões cruciais.
“Percebi que nossa sigla estaria relegada a um papel secundário”, desabafou, ao classificar o rompimento como um “divórcio doloroso”.
Reflexões e críticas
D’Ávila afirma que agora sente-se livre para criticar todos os partidos, ecoando a sensação de um novo começo. Sua capacidade de diálogo e seu legado na luta pela esquerda foram reconhecidos pelo PCdoB, que expressou sua tristeza pela perda de uma líder tão influente.
“Manuela se formou no PCdoB e se integrou ao elenco das lideranças da esquerda e do campo progressista brasileiro. Alcançou esse destaque pela confluência entre suas capacidades, a força e o talento do coletivo militante e a política justa da legenda comunista”, afirma a nota do PCdoB.
Agora, a ex-deputada se encontra em um novo capítulo de sua vida política. As incertezas sobre seus próximos passos refletem não apenas suas ambições pessoais, mas também as complexidades da atual política brasileira.
