A Polícia Civil descobriu uma mansão de luxo pertencente a Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, em Parada de Lucas, Zona Norte do Rio de Janeiro. O local foi encontrado durante uma operação realizada na manhã desta quinta-feira (10), que visava prender o líder do tráfico do Complexo de Israel e outros criminosos. A ação resultou na prisão de 12 pessoas, mas Peixão conseguiu fugir antes da chegada dos agentes.
Segundo o delegado Fábio Asty, Peixão residia no luxuoso imóvel, que conta com um grande lago artificial, área de lazer e uma academia completamente equipada.
O espaço foi descrito pelos policiais como um “resort”. A casa também exibe símbolos de Israel, como a Estrela de Davi, refletindo a religiosidade do chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), que se autodenomina seguidor dessa fé.
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A operação faz parte de uma investigação que já durava nove meses, focada nos roubos de carga conduzidos pelo grupo de Peixão. Durante esse período, a polícia identificou que, além do tráfico de drogas, a quadrilha liderada por ele estava envolvida em extorsões, homicídios e disputas territoriais com facções rivais.
Dos mandados de prisão expedidos, oito foram cumpridos, e um dos detidos foi identificado como Alexsander Félix Barbio. Além disso, a Polícia Militar encontrou quatro criminosos que haviam fugido da Cidade Alta e estavam escondidos em um motel na Zona Norte. Entre os presos, estava um foragido da Bahia com dois mandados de prisão em aberto.
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Peixão é o principal líder do Complexo de Israel, um nome que faz referência à sua ligação com símbolos religiosos, como a Estrela de Davi. Ele é conhecido por sua intolerância contra religiões de matriz africana, frequentemente ordenando a depredação de centros religiosos e a expulsão de moradores que praticam essas crenças.
Com nove mandados de prisão em aberto, a maioria por tráfico de drogas e homicídios, Peixão se auto-intitula “Arão”, em referência ao irmão de Moisés, e chama seu grupo de “Tropa do Arão”. O Complexo de Israel, segundo ele, seria a “terra prometida”, e os símbolos de sua religiosidade podem ser encontrados em pontos altos das comunidades dominadas pelo TCP.
Nos últimos meses, o Complexo de Israel tem sido cenário de intensos conflitos entre o Terceiro Comando Puro e o Comando Vermelho, especialmente com traficantes da comunidade do Quitungo, em Brás de Pina. A disputa territorial gerou uma escalada de violência, com tentativas de invasão e retaliações constantes.
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