A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizaram, nesta quarta-feira (09), uma operação para cumprir quatro mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão. A ação investiga o assassinato de Fábio Romualdo Mendes, ocorrido em setembro de 2021.
Entre os alvos da operação estão o contraventor Rogério de Andrade e Flávio da Silva Santos, presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Até o momento, uma grande quantia de dinheiro em espécie foi apreendida.
De acordo com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), o crime foi motivado por disputas territoriais relacionadas à exploração de áreas controladas por Rogério de Andrade.
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As investigações apontam que Flávio da Mocidade e seu subgrupo contrataram o matador Jhonathan Borges dos Reis, conhecido como “Esquilo”, para executar o homicídio.
Fábio Romualdo Mendes foi morto em setembro de 2021, por volta das 09h, enquanto esperava dentro de seu carro na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena.
Naquele momento, ele aguardava sua esposa, que estava em um posto de saúde. Dois homens em uma motocicleta se aproximaram do veículo e efetuaram os disparos que o mataram.
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A operação Fissão é resultado da denúncia feita pelo Gaeco/MPRJ contra quatro pessoas, entre elas um policial militar, pelo envolvimento no homicídio qualificado de Fábio.
Os mandados de prisão foram emitidos contra o policial militar Bruno Marques da Silva, o ex-policial militar Thiago Soares Andrade Silva, Anderson de Oliveira Reis Viana e Rodrigo de Oliveira Andrade de Souza. Todos foram denunciados por participação no assassinato.
Além das prisões, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a Rogério de Andrade e a Flávio da Silva Santos. Outras buscas ocorreram em locais relacionados a suspeitos como o policial militar Adriano da Rocha Muniz e José William Fernandes de Assis, que seguem sendo investigados por seu envolvimento no crime.
Policiais da reserva, como Márcio Araújo de Souza, chefe de segurança de Rogério de Andrade, também foram alvo da operação, assim como os policiais militares Marcos Araújo de Souza e Ramon Malta Moreira, investigados por ocultação de provas.
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Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal e estão sendo cumpridos em diversas localidades do Rio de Janeiro, incluindo Maricá, Petrópolis e Angra dos Reis.
Outros mandados foram direcionados ao Presídio Constantino Cokotós, à Penitenciária Lemos Brito, à Unidade Prisional da Polícia Militar, ao 39º Batalhão de Polícia Militar (BPM) em Belford Roxo, ao Hospital Central da Polícia Militar e à Diretoria-Geral de Pessoal da PM.
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A operação conta com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
A equipe de reportagem tenta contato com a Mocidade Independente de Padre Miguel e com as defesas dos envolvidos para obter declarações. O espaço permanece aberto para futuras manifestações.