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Renan Calheiros pressiona STF a votar redistribuição dos royalties do petróleo

A ameaça está novamente à espreita de estados e municípios produtores de petróleo sempre que se aventa qualquer possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar em pauta a matéria que trata da redistribuição dos royalties e participações especiais. A ameaça, desta vez, veio via senador Renan Calheilros (MDB-AL), através de uma publicação em seu Twitter.

 

Ficariam demasiadamente prejudicados com essa medida  – em ponto de falência, inclusive – o estado do Rio de Janeiro e seus municípios  considerados produtores. São eles Niterói, Maricá, Saquarema, Cabo Frio, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Macaé, Carapebus, Quissamã, Campos dos Goytacazes e São João da Barra.

 

 

O Senador Renan Calheiros (MDB-AL) garante que o Supremo Tribunal Federal deve mudar a sua decisão até o próximo dia 16, suspendendo a redistribuição dos royalties do petróleo. Uma medida tomada pela ministra do STF Carmen Lúcia em 2013, que concede a vitória aos estados produtores de petróleo, suspende a distribuição equânime das receitas arrecadadas.

 

Mas bastou o senador alagoano, raposa relha da política, que serpenteia há anos pelas frestas do poder no Congresso Nacional falar sobre o assunto para colocar toda classe política fluminense em polvorosa. Isso em razão de não haver, até então, nenhuma articulação ou união política em torno desta causa.

 

A mudança dessa deliberação causaria um verdadeiro colapso financeiro em todo o estado do Rio e em seus municípios produtores de petróleo. Uma solução para essa crise já foi costurada pelos governadores, mas não se sabe ao certo se haveria tempo para colocá-la em prática rapidamente, e impedir desastre iminente.

 

A preocupação é latente, e o experiente ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, nunca fala sem motivo. O momento pede alerta e união à classe política do Estado do Rio de Janeiro, para tomar medidas que possam garantir que o estado ou município seja prejudicado.

 

O futuro dessas cidades, principalmente, depende da decisão do STF, e é essencial que não seja tomada uma decisão ruim, que possa colocar em risco o estado inteiro. A tensão é palpável; onde tem fumaça, tem fogo. A situação é dramática e pede ação imediata.

 

O momento também pede bom-senso por parte de alguns municípios, que somente gastem estes recursos em políticas públicas razoáveis, evitando dar discurso a quem é contra o que é nosso por direito.

 

Em consulta ao processo, nossa reportagem apurou que ele não se encontra na pauta do STF. E que seu último movimento aconteceu em novembro de 2020, quando foi retirado de pauta.

 

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