
Pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto AtlasIntel para a Prefeitura de Niterói indica vitória do candidato Rodrigo Neves (PDT) em todos os cenários contra Carlos Jordy (PL) e Talíria Petrone (Psol), mas as intenções de voto ainda não garantem o fim da eleição no 1º turno | Reprodução
Mais uma pesquisa, agora do AtlasIntel, confirma o favoritismo de Rodrigo Neves (PDT) para reassumir a prefeitura de Niterói a partir de janeiro de 2024. Divulgado nesta sexta-feira (27), o levantamento mostra que Rodrigo Neves venceria em todos os cenários apresentados, com possibilidades concretas de liquidar a disputa no primeiro turno. Para isso, um fator determinante consiste na conquista do voto do eleitorado evangélico, altamente mobilizado na campanha de Carlos Jordy (PL).
Rodrigo governou Niterói entre 2013 e 2020, em dois mandatos consecutivos conquistados apenas no segundo turno. Neste pleito, ele lida com a avaliação negativa da gestão Axel Grael (PDT), seu aliado político.
Além disso, ele tem pela frente dois adversários de expressão nacional: os deputados federais Carlos Jordy (PL), ex-líder da bancada de oposição ao governo Lula na Câmara Federal; e Talíria Petrone (Psol), terceira deputada federal mais votada no Rio de Janeiro nas eleições de 2022, com mais de 198 mil votos.
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Apesar de contar com quase maioria da intenção de votos do eleitorado evangélico, Jordy enfrenta dificuldades com o eleitor niteroiense que votou em Bolsonaro em 2022. Enquanto Rodrigo Neves consegue ter êxito em capturar alguns votos de quem votou no ex-presidente, Jordy tem desempenho pífio com o eleitorado petista.
Já Talíria Petrone tem uma boa adesão no eleitorado feminino, mas enfrenta o desafio de ampliar sua comunicação com os homens. A mesma dificuldade acontece em sua campanha nas camadas mais pobres, sobretudo com beneficiários do Bolsa Família e eleitores com renda até R$ 2 mil. Isso pode fazer a diferença para ela crescer na reta final.
O ex-vereador Bruno Lessa (Podemos) também está na disputa, mas a pesquisa revela dificuldades de sua campanha em atrair tanto o eleitorado mais pobre. De postura mais conservadora e antipetista, Bruno não tem a preferência dos eleitores de Lula e não conseguiu, até então, conquistar votos de quem votou em Jair Bolsonaro. Sobretudo, daqueles que migraram para Rodrigo Neves.