
Ferj critica arbitragem após jogo entre Vasco e Palmeiras | Reprodução
Nesta terça-feira (24), a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) emitiu uma crítica contundente à arbitragem da partida entre Vasco e Palmeiras. O jogo, válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, gerou polêmica devido à não marcação de um pênalti a favor do Vasco, que acabou perdendo a partida por 1 a 0.
O Departamento de Arbitragem da Ferj analisou o lance controverso e destacou que “a divergência gritante de critérios fica cada vez mais evidenciada.” A federação também expressou insatisfação com a condução do árbitro de campo e do VAR, especialmente no que diz respeito ao monitoramento da jogada.
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O incidente ocorreu no segundo tempo, após um cruzamento de Emerson Rodríguez. A bola atingiu a mão do lateral-esquerdo Vanderlan, do Palmeiras. Inicialmente, o árbitro Rafael Rodrigo Klein (FIFA/RS) marcou uma infração fora da área. Contudo, o VAR, comandado por Gilberto Rodrigues Castro Junior (AB/PE), revisou o lance e apontou que o toque aconteceu dentro da área, mas não considerou falta.
O VAR argumentou que Vanderlan estava “tirando o braço” e que, se a bola não tivesse tocado na mão, ela atingiria o corpo do jogador. Após revisar a situação no monitor, Klein decidiu anular a falta e reiniciou o jogo com um tiro de meta para o goleiro Weverton, do Palmeiras.
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Durante a conversa entre o VAR e o árbitro de campo, foram feitas considerações como:
- VAR: “A mão está protegida. Se não bate na mão, bate no corpo.”
- VAR: “Ele está tirando o braço.”
- VAR: “Se a bola não pega na mão, pega no corpo do jogador.”
A análise levou o árbitro a confirmar sua decisão inicial, mas ao revisar as imagens, ele concluiu que não havia falta.
Após o jogo, Marcelo Sant’Anna, Executivo de Futebol da SAF do Vasco, criticou a falta de critério na arbitragem. Ele questionou a mudança de decisão do árbitro Rafael Rodrigo Klein ao usar o VAR. Sant’Anna afirmou:
“O árbitro confirma duas vezes que foi mão na bola. A imagem é clara e mostra que foi dentro da área.”
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O dirigente também afirmou que o Cruz-Maltino enviará um ofício à Comissão de Arbitragem da CBF. Ele levantou a hipótese de que o Palmeiras poderia ter sido beneficiado devido à sua disputa pelo título do Brasileirão.
“Questionamos os critérios, estamos falando de uma situação objetiva. Como se fosse um crime dar o pênalti porque o Palmeiras está disputando a liderança com o Botafogo”, concluiu Sant’Anna.
Leia a nota
Não vale a pena ver (VAR) de novoO Departamento de Arbitragem do Futebol do Rio de Janeiro, com os dados disponíveis e divulgados, analisou o lance polêmico de Vasco x Palmeiras.
1) O lance dentro ou fora da área é factual, ou seja, não precisa ir à ARA (Área de Revisão): igual a bola entrou ou não entrou. Portanto, a chamada foi para convencer o árbitro de não pênalti, e aí ele mudou de posição.
2) A divergência gritante de critérios fica cada vez mais evidenciada.
3) Fica muito claro o que estamos falando repetidas vezes: o maior problema está na qualidade da instrução. Não existe nenhuma direção, não de padronizar, mas ao menos de tentar aproximar critérios. Subir o sarrafo para o erro claro e óbvio, e não descer para verificar se a decisão do árbitro foi correta.
4) A chave é estabelecer critérios de intervenção para cima e linguagem objetiva e clara do árbitro de campo para o VAR, inibindo prováveis sintomas de ansiedade do VAR para apitar os jogos.
5) Se foi estabelecido em reunião que o VAR não devia falar para não induzir, mas apenas sugerir a revisão, quando for o caso, e fornecer as imagens, fica a pergunta: E agora, José?
Agência FERJ