A madrugada deste sábado (27) marca um momento crucial para o Brasil nas Olimpíadas de Paris, com Lucas Verthein, remador de 26 anos do Botafogo, competindo em sua segunda Olimpíada. Às 4h36, ele enfrenta a bateria 4 do Single Skiff masculino, alinhando-se na raia 1. A competição acontece no Stade Nautique de Vaires-sur-Marne, próximo de Paris. A competição terá transmissão no Sportv 2, a partir das 4h da manhã.
Neste percurso desafiador, Verthein compete contra Dara Alizadeh de Bermudas (raia 2), Jacob Plíhal dos EUA (raia 3), Yauheni Zalatoy da Bielorrússia (raia 4, representando Atletas Individuais Neutros), e Quentin Antognelli de Mônaco (raia 5). Apenas os três primeiros colocados avançarão para as quartas de final, enquanto os outros remadores terão uma nova chance na repescagem.
O melhor tempo da carreira de Lucas é de 06’48″75, comparado ao recorde olímpico de 06’40″45 do grego Stefanos Ntouskos, conquistado em Tóquio e que rema na primeira bateria. Contudo, o recorde mundial, 06’30″74, pertence ao neozelandês Robbie Manson desde 2017. Porém, ele não participa do torneio.
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Briga por medalha
Mesmo com a competição acirrada, as recentes conquistas de Lucas aumentam as expectativas para que ele chegue, pelo menos, à final olímpica. As chances de medalha, entretanto, são remotas. Mas nada em uma Olimpíada é impossível.
“Meu objetivo é levar sempre o Brasil ao lugar mais alto possível. Sempre vou buscar ser o melhor. Tenho a foto da medalha de ouro de Paris no meu relógio, olho para ela todos os dias, e meu objetivo é sempre ser o primeiro. Não posso só mirar em chegar numa final, porque vou acabar lá atrás. A consequência de um grande objetivo é um resultado bom. Sempre tem que mirar para cima, não adianta só mirar pra baixo. E eu espero fazer história aqui em Paris”, ressaltou Lucas.
Recentemente, no Pan-Americano de Santiago, Chile, Lucas quebrou um jejum de 36 anos para o Brasil ao conquistar a medalha de ouro no Single Skiff, um feito inédito para o país nesta categoria. A última vitória brasileira no remo Pan-Americano havia sido dos irmãos Ricardo e Ronaldo Carvalho no Dois Sem, em Indianápolis 1987.
Nos Jogos de Tóquio 2020, realizados em 2021 devido à pandemia, Lucas terminou em 12º lugar geral no Single Skiff. Dessa forma, ele igualou o feito de Paulo Cesar Dvorakowski, em Moscou, 1980. Esta conquista, sobretudo, solidificou sua posição entre os melhores remadores do mundo. Igualmente, destacou seu potencial para as competições futuras.
Enquanto o Brasil acompanha Lucas Verthein nas águas de Paris, o espírito do Hino do Botafogo, clube que ele representa, ecoa: “Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém…”. O país torce para que ele continue a remar com força e determinação, trazendo orgulho e vitórias para a nação.
Resultado
Após a realização da bateria, o brasileiro chegou em terceiro lugar após um empate técnico com o norte-americano. A decisão aconteceu através do “photo finish”, com apenas um milésimo de vantagem.