Paris de ouro, prata e bronze
Felizmente, até agora (batendo três vezes na madeira), nada falado acerca de problemas com a segurança. Se não deu para parar as guerras pelo mundo, como acontecia na Grécia com a paz entre as cidades-estados, que pelo menos o fantasma do terrorismo fique bem longe dos Jogos de Paris 2024.
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Só que, se a segurança pode evitar as ameaças à segurança, o tempo não dá para controlar. E São Pedro, pelo visto, não foi convidado para a cerimônia de abertura. Choveu, muito, o tempo todo – e, se não estragou o espetáculo, pelo menos deu para evidenciar algumas situações.
Apesar do piso molhado, não deu para perceber ninguém levando tombo, apesar de, na viagem de barco contra a corrente, os quatro convidados (Nadal, Serena, Nadia e Lewis) terem tomado alguns sustos, chegando mesmo a balançar. Nada de mais, se levarmos em conta que estavam todos com coletes salva-vidas.
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Vale registrar, porém, que na dita Olimpíada do respeito à igualdade e diversidade, o presidente do Comitê Organizador e o presidente do Comitê Olímpico Internacional tinham guarda-chuvas para protegê-los da chuva – e não eram eles quem seguravam. Igualdade para quem, cara-pálida?
Ah… Importante registrar que o presidente da República, Macron, pegou chuva na hora da declaração que os Jogos estavam oficialmente abertos.
Vitamina C e cama!
Só que a chuva foi, mesmo, a grande atração (talvez não uma atração boa, mas uma atração) da cerimônia. E pode trazer consequências para os Jogos.
Se levarmos em conta que o tenista número 1 do mundo, Sinner, da Itália, não participará da Olimpíada por conta de uma amigdalite…
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Tenho certeza de que muitas equipes médicas dos países que estarão competindo estão, neste momento, receitando muita vitamina C e descanso para os atletas que voltaram à vila olímpica encharcados.
E um detalhe para agravar o problema: muitos usaram o metrô para a viagem de regresso, ou seja, ainda enfrentaram um ar-condicionado que, somado aos corpos molhados pela chuva…
Foi legal ou não?
Cerimônias de abertura (e encerramento) têm sempre coisas boas e ruins.
Muita gente acha chato; há quem garanta que são inesquecíveis.
A abertura dos Jogos de Paris foi diferente ao levar para o rio Sena o desfile dos atletas. A transmissão da tevê também… Digamos… Por que o barco dos Estados Unidos foi o penúltimo, antes apenas do da França? Em alguns momentos, parecia que toda aquela felicidade era forçada. Não acham?
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E tirar a festa do ambiente fechado? Em algumas situações, foi lindo, como ver a ex-tenista Mauresmo correndo ao lado do povão com a chama – e aqui, de novo, parabéns à segurança.
Claro que ver Paris, à noite, percorrendo o Sena, foi maravilhoso. Mesmo com a chuva. Só que Paris, nos próximos dias, será tão comum quanto nota de R$ 2 no bolso de quem não tem dinheiro.
De qualquer forma, foi diferente. Não há como negar. Se foi legal ou não, caberá a cada um avaliar. E que comecem os Jogos!