Operação contra fraudes prende gerente de banco no RJ
Em uma ação conjunta do GAECO/MPRJ e da Draco-IE, a Operação Shell Company desarticulou, na manhã desta quinta-feira (13), uma organização criminosa que ostentava um império de empresas de fachada para lavar dinheiro. Desse modo, chegaram a desviar R$ 500 milhões em fraudes bancárias.
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Como resultado da operação, quatro integrantes da quadrilha – incluindo um gerente de banco – já estão presos. Além disso, os denunciados tiveram bens bloqueados no valor de R$ 8 milhões. Seis pessoas, ao todo, foram denunciadas pelo MPRJ à Justiça
O Juízo da 1ª Vara Especializada em Organizações Criminosas expediu os mandados da operação Shell Company obtidos pelo GAECO/MPRJ. A força-tarefa está executando o cumprimento das ordens judiciais na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, assim como em Itaipava, Corrêas e Nogueira, em Petrópolis.
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De igual forma, a Justiça também autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados. Em contrapartida, o Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) da Polícia Civil realizou minuciosa análise para dar suporte aos órgãos envolvidos. Nesse sentido, a operação conta, também, com o apoio de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
Holding do Crime
A investigação revelou um esquema sofisticado, pois os criminosos criaram uma holding para controlar 11 empresas fictícias, utilizadas para ocultar a origem do dinheiro ilícito.
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Gerentes Corrompidos
Dois gerentes de uma instituição bancária em Petrópolis, seduzidos pelo lucro fácil, atuavam como peças-chave na fraude. Eles atestaram falsamente a atividade das empresas de fachada, abrindo contas e viabilizando empréstimos milionários.
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“Durante os anos de 2020 e 2022 os denunciados movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões. A análise do fluxo financeiro indica que, além do banco prejudicado, outras instituições financeiras também foram alvo do mesmo grupo”, afirmam o GAECO/MPRJ,
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Operação
A Operação Shell Company, nome que faz referência às empresas de fachada, foi deflagrada com mandados de prisão e busca e apreensão na capital fluminense e em Petrópolis. O cerco se fechou para os criminosos, que agora respondem por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa.