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Hipertensão Arterial atinge mais de 50 milhões de brasileiros

Hipertensão Arterial atinge mais de 50 milhões de brasileiros

A hipertensão arterial é um fator de risco para AVC. (Crédito – Divulgação)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto na média global 33% dos adultos entre 30 e 79 anos são afetados pela hipertensão, no Brasil, estima-se que o índice alcance 45%, isto é, 50,7 milhões de pessoas. Desse total, 62% possuem o diagnóstico, mas apenas 33% estão com a pressão controlada. A doença é um fator de risco para AVC, infarto e doenças renais, é portanto uma das condições que mais levam à morte no Brasil. Em 2021, o órgão federal identificou que 26,3% dos brasileiros com mais de 18 anos sofriam de hipertensão arterial, número que pode ser muito maior, uma vez que a maioria dos casos não é diagnosticado. Como a condição se agrava com o avançar da idade, na população com mais de 55 anos e menos de 65 essa proporção chega a 49,7% e, entre os maiores de 65 anos, atinge pelo menos seis a cada dez pessoas.

A médica Márcia Umbelino explica a importância de controlar o problema.

A clínica geral, geriatra e especialista em medicina ortomolecular, Márcia Umbelino, explica que quando o paciente está com a pressão 14 por 9 já pode ser considerado hipertenso. No entanto, ele pode estar nessa condição há muito tempo e não saber, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com um simples mal estar.

“Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser os sinais de alerta, mas as pessoas costumam não dar muita atenção a esses sinais, por isso, é importante medir a pressão regularmente. Algo simples, que pode ser feito em qualquer posto de saúde”, alerta Umbelino. 

O paciente está com a pressão 14 por 9 já pode ser considerado hipertenso. (Crédito- divulgação)

Outra questão importante levantada nesta data é que a hipertensão arterial faz parte do grupo de doenças que podem ser evitadas com hábitos saudáveis simples e conhecidos como o famoso tripé da saúde: sono de qualidade, alimentação saudável e exercícios físicos.

“O problema é que estamos cada vez nos movimentando menos, dormindo mal, comendo alimentos industrializados cheios de sódio e gorduras e nos estressando mais, ingerindo mais álcool e, ainda, voltando a fumar! Por isso, vemos um aumento anual do número de casos de hipertensão arterial. É um problema crescente e de ordem mundial, especialmente por estar relacionado a hábitos modernos nocivos para a nossa saúde”, avalia a médica.

Pessoas com tendência familiar diagnosticadas com pressão alta precisam manter o tratamento por toda a vida, fazendo uso de medicamentos para evitar complicações como: derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio, doença renal crônica e arritmia cardíaca.

“O tratamento, de forma contínua e a prática de uma vida mais saudável são necessários para ampliar a qualidade e a expectativa de vida do paciente”  completa a doutora.

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