A partir desta segunda-feira (01), a Alemanha legalizou o consumo recreativo de maconha, tornando-se um dos países mais permissivos com a droga na Europa. A medida, no entanto, enfrenta oposição de conservadores e de associações médicas, que temem consequências negativas para os jovens.
A lei permite que pessoas com mais de 18 anos transportem até 25 gramas de maconha, cultivem até 50 gramas e mantenham três plantas de cannabis por adulto em sua residência. A venda legal da droga, em “clubes sociais de cannabis”, só começará em julho.
►Leia mais notícias Internacionais aqui
Na madrugada de domingo para segunda, cerca de 1.500 pessoas celebraram a mudança em frente ao Portão de Brandemburgo, em Berlim. Defensores da legalização, como Torsten Dietrich, acreditam que ela representa o fim da criminalização de milhões de pessoas e um passo para a liberdade individual.
A Alemanha se junta a Malta e Luxemburgo como os países europeus que legalizaram o consumo recreativo de maconha. Os Países Baixos, que antes tinham uma política liberal, endureceram suas leis para reduzir o turismo canábico.
O governo alemão argumenta que a legalização ajudará a combater o tráfico de drogas e oferecerá mais controle sobre a qualidade da maconha. No entanto, organizações de saúde alertam para o aumento do consumo entre os jovens, que podem sofrer danos ao desenvolvimento cerebral.
►Leia mais notícias Internacionais aqui
A lei alemã também foi criticada pela polícia, que teme dificuldades na aplicação das regras, e por juízes, que preveem atrasos no sistema jurídico devido à anistia retroativa para crimes relacionados à maconha.
O futuro da legalização da maconha na Alemanha ainda é incerto. O líder da oposição conservadora, Friedrich Merz, prometeu revogar a lei caso seu partido vença as eleições de 2025.