Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e Polícia Civil realizam, na manhã desta terça-feira (26), operação contra clonagem e roubo de carros, em São Gonçalo. Segundo a investigação, criminosos anunciavam e vendiam os veículos através de plataformas na internet.
Equipes tambpem atuam em Duque de Caxias, Petrópolis e Rio de Janeiro. Agentes do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Delegacia de Roubo e Frutos de Automóveis (DRFA) cumprem cinco mandados de busca e apreensão.
O MPRJ informou que os investigados anunciavam os carros na internet, principalmente na plataforma OLX. As investigações apontam que os alvos já teriam ultrapassado a obtenção da quantia de R$ 1 milhão com esse tipo de golpe.
Os mandados, expedidos pelo Juízo da 29ª Vara Criminal, decorrem de procedimento que investiga uma associação criminosa destinada à prática de delitos envolvendo veículos, como roubo, furto, adulteração de sinais identificadores, falsidades documentais e estelionatos”, afirmou o MPRJ.
Como funcionava o golpe
O judiciário também determinou o bloqueio de bens dos investigados. De acordo com o Gaeco, os investigados agiam sempre da mesma forma: atraíam as vítimas por anúncios na internet. Os bandidos entravam em contato com o anunciante para obter informações a respeito da compra e venda do carro, sem saberem que estavam tratando com os criminosos.
Na sequência, eram agendados encontros para ver os automóveis. Após o acerto entre as partes, eles seguiam para o cartório. Os criminosos entregavam documentos do veículo, do proprietário, manuais e notas fiscais, todos falsificados. As vítimas realizavam pagamentos em espécie, via pix, transferência bancária ou entregando outros automóveis como parte do pagamento.
Em um dos casos, o comprador passou a receber cobranças do dispositivo Sem Parar – tag de passagem rápida para pedágio –, em locais nos quais não trafegava, além de diversas multas atribuídas ao carro. Durante vistoria realizada no automóvel, ficou constatado que o veículo adquirido, um Toyota Corolla Cross, era, na verdade, um ‘clone’.
A ação conta ainda com apoio da Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária).