A previsão meteorológica para a primavera europeia, a partir de março, pode impactar o preço do azeite no segundo semestre deste ano. Carlos Sánchez, diretor da Deoleo, prevê queda nos preços se a chuva se confirmar.
Com dois anos de produção afetada pela seca devido às mudanças climáticas, a qualidade das azeitonas foi comprometida. Os preços do azeite virgem e extra-virgem no Brasil subiram em média 40% de 2022 para 2023.
Mesmo com a alta nos preços, a Deoleo registrou aumento de 18% nas vendas em 2022 devido à escassez de azeite no mercado. A Espanha é a principal fornecedora global, ditando os preços. A exportação para 67 países, incluindo o Brasil, impulsiona o crescimento da empresa.
“Leia mais notícias sobre Brasil aqui”
Sánchez destaca a sensibilidade do setor às condições climáticas. A boa colheita depende de temperatura adequada, chuvas na primavera e em setembro. A empresa está otimista com a atual fase de chuvas na Espanha.
A adaptação ao clima extremo é um desafio para os agricultores de oliveiras. O governo espanhol investiu em melhorias nas estruturas hídricas. O Brasil, um dos maiores importadores de azeite do mundo, acompanha os preços internacionais.
A Deoleo vê o mercado brasileiro como estratégico, com a marca Carbonell sendo uma das mais populares. Os preços no Brasil seguem os do mercado espanhol, refletindo o consumo global. O país é um dos maiores importadores de azeite, ao lado de Japão, Estados Unidos e Canadá.