Foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (5), o primeiro polo de atendimento para pacientes com dengue, no Rio de Janeiro.
A unidade fica no Hospital Raphael de Paula Souza, em Curicica, Zona Oeste.
O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participaram da inauguração. A prefeitura instituiu estado de emergência de saúde pública no Rio por conta da doença.
Outros dois polos foram inaugurados nos bairros de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste. Ao todo, estão previstos dez polos, em todas as regiões da cidade, que serão abertos gradativamente.
Ainda esta semana estão previstas as inaugurações de outros sete polos, nos bairros de Bangu, Madureira, Del Castilho, Tijuca, Gávea, Centro e Complexo do Alemão.
Eles funcionarão nas dependências de unidades de Atenção Primária e contarão com equipes dedicadas formadas por médico, enfermeiro e técnicos de enfermagem, que farão o diagnóstico e assistência, classificação segundo o critério de risco e tratamento dos pacientes com dengue.
“O paciente faz tudo aqui, colhe sangue, faz o hemograma e sorologia. Se precisar de hidratação, faz aqui mesmo, oral ou venal e se precisar de internação, também tem leitos dedicados a virose. O objetivo é que a gente consiga reduzir o número de casos graves e óbitos. Portanto, esse tratamento precoce faz toda a diferença”, disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
A estudante Karine Dias, de 9 anos, foi uma das primeiras pacientes atendidas no novo polo. A menina, que veio acompanhada da avó, procurou a unidade depois de apresentar sintomas da doença.
“Ela está com febre desde sexta-feira, toma remédio e volta, dor de cabeça também. Não estava querendo comer, bem indisposta. Aí hoje decidi trazer ela aqui pra ver se é dengue, estava muito preocupada porque minha mãe faleceu depois de ter chikungunya. Quase não dormi essa madrugada porque ela estava bem mal. Aqui em Curicica sempre teve muito mosquito, é muito bom ter esse polo aqui pra atender as pessoas”, explicou a avó Cirlane Sampaio, de 62 anos.
Um plano de contingência foi criado para o enfrentamento da epidemia. O planejamento prevê uma série de medidas para a assistência da população e o combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Neste início de ano, o município já registra mais de 11 mil casos da dengue, com uma taxa de incidência de 160,68 por 100 mil habitantes. Durante todo o ano de 2023, foram 22.959 casos. Já o número de internações bateu recorde no primeiro mês do ano, com 362 pacientes hospitalizados no município.
Atenção aos Sintomas
Febre alta, dor atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, mal-estar e manchas vermelhas na pele com ou sem coceira são os principais sintomas da dengue. Nos primeiros sinais da doença, as pessoas devem procurar atendimento médico para o diagnóstico precoce e a eliminação dos riscos de agravamento da doença.