A Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou que Israel deve permitir o acesso de ajuda humanitária à região da Faixa de Gaza. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (26). O órgão judicial máximo das Nações Unidas, com sede em Haia, na Holanda, tem o poder de ordenar a Israel que cesse a sua ofensiva militar contra Gaza, embora não tenha meios para garantir a sua aplicação.
Milhares de pessoas foram forçadas a abandonar Khan Yunis em direção à fronteira com o Egito, em meio aos combates. Essa cidade já acolhe a maior parte dos 1,7 milhão de habitantes de Gaza deslocados pela guerra. Segundo Philippe Lazzarini, comissário da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), foi formada uma verdadeira maré humana em busca de refúgio.
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O Exército israelense afirma ter cercado Khan Yunis, cidade natal de Yahya Sinwar, líder do Hamas em Gaza. Israel considera Sinwar como o mentor do ataque ocorrido em 7 de outubro em seu território, que deu início à guerra. De acordo com dados oficiais do país, o ataque resultou na morte de cerca de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis. Durante uma trégua no final de novembro, aproximadamente 100 pessoas das 250 que foram raptadas puderam ser libertadas.
A vasta operação militar lançada por Israel, que prometeu “aniquilar” o Hamas, já deixou 25.900 mortos, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo informações do Ministério da Saúde do movimento islamista.