
Foto: Divulgação – CBF
A seleção brasileira já tem um novo técnico. Em uma cerimônia realizada na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, apresentou Dorival Júnior como substituto de Fernando Diniz, até então técnico interino.
A assinatura do contrato aconteceu na presença de jornalistas, convidados e membros da comissão técnica. Dorival Júnior chega com o objetivo de preparar a equipe para a Copa América e o ciclo para a Copa do Mundo de 2026.
O treinador, que estava no São Paulo, acertou rapidamente após o retorno de Ednaldo à presidência da CBF – ele estava afastado por decisão judicial e recebeu uma resposta negativa de Ancelotti, que renovou com o Real Madrid.
“Estou muito satisfeito e emocionado. Depois de passar por muitas dificuldades pessoais nos últimos seis, sete anos, enfrentando dois momentos complicados em minha casa, com minha esposa lutando contra um câncer agressivo e logo em seguida eu sendo diagnosticado, isso me fortaleceu e me fez repensar alguns aspectos da minha carreira”, disse Dorival Júnior.
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O novo técnico da Seleção tem como missão aproximar os torcedores do cotidiano dos jogadores e voltar ao caminho das vitórias. Dorival deixou de lado o ego e afirmou que agora representa a seleção mais vitoriosa do mundo e tem a obrigação de retomar o sucesso.
“O futebol brasileiro é muito forte e se reinventa. Estou aqui para convocar o torcedor brasileiro, para que ele viva mais a sua Seleção, para que acredite mais na sua Seleção. É nossa obrigação fazer o nosso melhor para entregar ao torcedor uma equipe confiável e que transmita credibilidade”, declarou.
Além disso, Dorival convocou todos os profissionais ligados ao futebol a se envolverem com a Seleção, já que a equipe pertence ao povo brasileiro.
Atualmente, o Brasil ocupa a sexta colocação nas Eliminatórias da América do Sul, com apenas sete pontos e quatro resultados ruins sob o comando de Fernando Diniz. Para Dorival, a mudança necessária vai além dos nomes dos jogadores e envolve uma mudança emocional e de atitude.
Ele ressaltou a importância de os convocados se dedicarem energicamente.
“Não se trata de mudar apenas os jogadores, mas sim de uma mudança emocional e de postura em relação à equipe que jogou na última Copa do Mundo. O atleta precisa entender que está vestindo uma camisa muito importante, respeitada e referência em todo o mundo”, afirmou.
Dorival também falou sobre sua saída do São Paulo e afirmou que tinha um contrato válido, que todos os jogadores contratados foram aprovados pela diretoria e que foi montado um elenco versátil para que qualquer treinador que chegasse pudesse trabalhar da maneira que quisesse.
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O treinador enfatizou sua vontade de conceder oportunidades a jovens talentos e jogadores experientes, baseando-se no desempenho atual de cada um. Sobre seu estilo de jogo, Dorival destacou que sempre se adapta às equipes que treina, sem ter um sistema definido antecipadamente.
Ele valoriza a defesa e o número de jogadores envolvidos na marcação. Quanto aos rótulos de ser um técnico “feijão com arroz”, Dorival afirmou que cada equipe em que trabalhou jogou de forma diferente, com um tempero característico de cada estado.
Ele ressaltou o sucesso obtido em equipes passadas e acredita que deixou algo de valor em cada uma delas. Sobre o momento ruim nas Eliminatórias, Dorival enfatizou que a recuperação não acontecerá da noite para o dia, mas acredita que a equipe encontrará o caminho para buscar a classificação.