No último sábado, 30, líderes do Hamas na Faixa de Gaza expressaram sua condenação à aprovação dos Estados Unidos de uma venda de munições de artilharia altamente explosivas e equipamentos relacionados para Israel, no valor de US$ 147,5 milhões (R$ 714 milhões). A venda, anunciada na sexta-feira, 29, foi feita por meio de um dispositivo de emergência, que dispensa a revisão do Congresso.
O Hamas afirma que essa venda é uma clara evidência do apoio da administração americana a essa guerra criminosa. Em comunicado, o grupo acusa o governo do presidente Joe Biden de alinhar-se e apoiar ativamente todas as atrocidades cometidas por Israel. Segundo o Hamas, essa postura tem resultado na morte de crianças e civis, no deslocamento forçado de moradores e na destruição sistemática de vidas na Faixa de Gaza.
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A ofensiva militar israelense em Gaza, como resposta a um brutal ataque do Hamas no sul de Israel no dia 7 de outubro, já resultou na morte de pelo menos 1.140 pessoas, a maioria civis, de acordo com dados israelenses. Desde então, o número de mortos ultrapassa 21.672 pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do Hamas.
Essas mortes de civis em Gaza têm afetado a imagem internacional dos Estados Unidos, que continua a apoiar Israel. Entretanto, no início do mês, os EUA utilizaram o mesmo dispositivo de emergência para aprovar a venda de quase 14.000 cartuchos de munição para tanques a Israel. Enfim, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, alegou que a venda era necessária devido a uma emergência que exigia a entrega imediata ao governo de Israel.