
Foto: Menahem Kahana – AFP
Gaza foi palco de intensos combates e bombardeios nesta segunda-feira (11). O movimento islamista Hamas havia alertado que nenhum dos reféns capturados em Israel sairia “vivo” caso suas exigências não fossem atendidas. Ataques aéreos potentes atingiram o sul da Faixa, onde milhares de civis se refugiaram após fugirem dos combates no norte. O Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 32 corpos foram levados para o hospital numa única cidade nas últimas 24 horas.
Dezenas de mortes também foram registradas em outros locais do território. A Jihad Islâmica relatou a explosão de uma casa onde soldados israelenses buscavam um túnel subterrâneo. Por sua vez, o exército israelense afirmou ter sofrido disparos de foguetes vindos de Gaza. Os bombardeios começaram em resposta a um ataque do Hamas contra Israel, que resultou na morte de 1.200 pessoas, a maioria civis, além de cerca de 240 pessoas raptadas.
Israel também está realizando operações terrestres desde o final de outubro. Segundo o Hamas, quase 18 mil pessoas morreram em Gaza desde o início da guerra. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que houve muitas rendições nos últimos dias e que a guerra está chegando ao fim para o Hamas. O exército israelense informou que 101 soldados foram mortos desde o início da ofensiva terrestre. Israel ainda afirma que 137 reféns estão detidos em Gaza.
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Os esforços para uma nova trégua e mais libertações de reféns continuam sendo feitos pelo Catar. A Assembleia Geral da ONU se reunirá na terça-feira para discutir a situação em Gaza. Apesar de Washington rejeitar um cessar-fogo, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos afirmou estar ciente do terrível custo humano do conflito.
O secretário-geral da ONU alertou que a situação está rapidamente se tornando uma catástrofe com consequências irreversíveis para os palestinos e para a região. Quase 1,9 milhão de habitantes de Gaza foram deslocados e a infraestrutura de saúde está em colapso. Além disso, os bombardeios aumentaram o receio de que o conflito se espalhe para outros países da região. A Síria, por exemplo, já sofreu ataques aéreos israelenses em postos do Hezbollah.