
Foto: John Macdougall – AFP
A trégua entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor hoje e a libertação de 13 reféns está prevista para esta tarde, marcando os primeiros sinais de alívio após semanas de guerra. O Catar, mediador no conflito, anunciou na quarta-feira uma trégua de quatro dias, incluindo a troca de reféns mantidos em Gaza por prisioneiros palestinos detidos em Israel. O acordo estabelece a troca de um total de 50 reféns civis por 150 palestinos em quatro dias.
A entrada em vigor do pacto estava prevista para ontem, mas foi adiada para hoje às 07h locais (05h GMT, 02h no horário de Brasília), segundo o Catar. Às 16h, está prevista a libertação de 13 mulheres e crianças. No amanhecer, milhares de pessoas que fugiram das regiões próximas à fronteira com o Egito se preparam para retornar para suas casas, recolhendo seus pertences em bolsas de plástico e caixas de papelão.
Os bombardeios aéreos israelenses cessaram no céu, mas foram lançados panfletos de advertência:
“A guerra não acabou (…) Retornar ao norte é proibido e muito perigoso”.
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No sul de Israel, quinze minutos após o início da trégua, sirenes de alerta antiaéreo dispararam em várias localidades próximas à fronteira com Gaza, conforme informou o Exército sem mais detalhes. O Hamas anunciou “uma paralisação total das atividades militares” por quatro dias, durante os quais 50 reféns serão libertados.
Para cada um deles, “três presos palestinos” serão soltos, afirmou. Esta manhã, uma fonte de segurança egípcia informou à AFP que uma delegação de segurança egípcia estará em Jerusalém e Ramallah para garantir o “respeito à lista” de presos palestinos libertados.
Uma fonte dentro do Hamas disse à AFP que a entrega desses reféns será feita “em segredo, longe da imprensa”. Israel divulgou uma lista de 300 palestinos (33 mulheres e 267 menores de 19 anos) que podem ser soltos, incluindo 49 membros do Hamas.