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Maratonistas aquáticos de Niterói desbravam os mares do Brasil

Maratonistas aquáticos de Niterói desbravam os mares do Brasil

Foto: Instagram/Alexandre Carvalho

Niterói é celeiro de talentos em vários esportes. Na maratona aquática, não é diferente. No clube Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) de Niterói, a equipe Ratto D’água prepara nadadores para as principais travessias e competições do Brasil e do Mundo.

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Um desses atletas é Alexandre Carvalho. Advogado, de 49 anos de idade, tem na maratona aquática uma de suas maiores paixões. No sábado passado (11), ele completou a ultramaratona 14 Bis (Bertioga-Guarujá), de 24 km, em pouco mais de 6h40min. Junto com outros integrantes da equipe, sob a supervisão do treinador Ricardo Rosa, o Ratto, Alexandre não pretende parar por aí.

“A gente tem uma equipe que faz várias coisas. Tem um grupo de idosos, voltado à piscina, a equipe de águas abertas e a de ultramaratona, que são travessias acima de 10 quilômetros. Na 14 Bis, estive com o Vitor Borges, que é engenheiro e treina na mesma equipe que eu”, contou.

Maratonistas aquáticos de Niterói desbravam os mares do Brasil

Os nadadores Vitor e Alexandre – Foto: Reprodução/Instagram

Alexandre contou sobre as aventuras passadas e futuras. No ano passado, o maratonista aquático completou a Volta da Ilha Grande, no Sul Fluminense. O próximo desafio está marcado para ocorrer entre os dias 13 e 14 de janeiro de 2024, quando Alexandre irá percorrer da Praia Vermelha, na Zona Sul do Rio, até Guaratiba, na Zona Oeste. Será a maior distância que percorrerá sozinho.

“Eu, Vitor e Rafael Rocha, outro colega nosso, fizemos, no ano passado, a Volta da Ilha Grande, uma competição de 70 km. Em janeiro, vou fazer, solo, todo o litoral do Rio de Janeiro, entre a Praia Vermelha e Guaratiba. São cerca de 50 quilômetros. A estimativa é de quatorze horas nadando”, comentou.

Experiência e preparação

Alexandre faz parte da equipe Ratto D’Água desde 2019, mas é ultramaratonista desde 2011. O atleta afirmou se orgulhar de provas do tipo estarem se tornando cada vez mais populares, em todo o Brasil.

“Essa equipe já tem muitos anos. O professor Ricardo Rosa já trabalha com isso há muito tempo. A travessia 14 Bis é a mais tradicional em ultramaratona do Brasil. Agora, há vários desafios no Brasil inteiro”, contou

O nadador explicou que há provas em que os competidores disputam entre si, enquanto em outros o desafio é justamente completar o percurso. Segundo Alexandre, a satisfação de cumprir os desafios vale mais do que qualquer colocação no pódio, por exemplo.

“O grande lance não é pódio, colocação, mas sim cumprir os desafios. Exigem muito da parte física e, principalmente, mental. O físico a gente treina, mas, numa água a 30 graus, passando por um cardume de água viva, não tem treino para isso”, destacou.

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Equipe treina na AABB – Foto: Reprodução/Instagram

O atleta já participou de 13 ultramaratonas, sendo dez 14 Bis (Bertioga-Guarujá – 24 km), uma da Ilha do Mel (23 km), uma Do Leme ao Pontal (36km) e uma Volta da Ilha Grande (76 km). Por fim, ele contou como é feita a preparação para cada competição.

“No começo o preparo é maior. É como se, quando a gente chega num determinado nível, mantém. A média é de seis a oito meses de treinamento. Para a Volta da Ilha Grande foram nove meses de preparo”, concluiu.

 

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1 Comentário

  1. Fantástica reportagem.

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