Estado do Rio de Janeiro

“Lei Gui” é sancionada no estado do Rio de Janeiro

Governador sanciona lei que garante atendimento especializado para pacientes com epidermólise bolhosa

Deputado Rodrigo Bacellar lidera aprovação de lei para pessoas com epidermólise bolhosa | Créditos: Octacílio Barbosa/Alerj

 

Pacientes com epidermólise bolhosa – doença rara que fragiliza a pele – receberão atendimento especializado nas unidades de saúde do Estado. A determinação é prevista na Lei n°10.142, sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada nesta quinta-feira (19.10) no Diário Oficial. Consultas, exames diagnósticos e medicamentos serão oferecidos gratuitamente.

A lei nasceu através de projeto que teve origem no programa LegislAqui, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), cuja aprovação aconteceu em 28/09.

 

Essa lei foi impulsionada pela luta incansável do menino Guilherme Gandra, conhecido como Gui, e de sua mãe, Tayane Gandra Orrico. A batalha do Gui nos mostrou a urgência em garantir os direitos de pacientes com epidermólise bolhosa. Vamos levar esperança e alívio para essas pessoas – declarou o governador Cláudio Castro.

O deputado estadual Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, liderou a votação do projeto na Alerj:

Receber o Gui na Alerj e ouvir sua história reforça ainda mais o nosso compromisso em fazer da Assembleia um espaço verdadeiramente aberto ao diálogo e transformação. A aprovação desta lei é uma prova de que, juntos, podemos fazer a diferença. Seguimos trabalhando para que a Alerj seja sempre esse instrumento de mudanças positivas para o nosso estado”, disse Bacellar.

Como será

O Programa Estadual de Assistência Especializada em Epidermólise Bolhosa contará com uma equipe multidisciplinar capacitada e, sobretudo, com conhecimento científico da patologia. Entre as especialidades estão pediatras, dermatologistas, psicólogos, e outros serviços médicos.

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De acordo com o texto, os atendimentos vão respeitar os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e não haverá limite de idade para atendimento.

A nova lei estabelece que os atendimentos poderão acontecer no domicílio do paciente, se necessário. Além disso, poderá haver a indicação de mapeamento genético dos parentes de pessoas vinculadas por consanguinidade, sempre que constatada a probabilidade de desenvolver gestação com epidermólise bolhosa.

A epidermólise bolhosa  se trata de uma doença que causa a formação de bolhas e feridas na pele e mucosas, trazendo inúmeros desafios para os pacientes e seus familiares.

Iniciativa popular

Em suma, o projeto chegou à Alerj através do aplicativo da Casa de Leis, o LegislAqui. Por meio dele, Tayana, mãe do menino Guilherme Gandra, o Gui, de apenas nove anos, enviou a proposta. Gui ficou nacionalmente conhecido após ficar 16 dias em coma por conta da doença.

“São nove anos de uma luta cruel e, agora, Gui é o motivo pelo qual todos os pacientes poderão ter o amparo que tanto precisam. Antes, ele era visto como coitado e, hoje, é um herói; ele tem uma lei e voz! Ele acordou de um coma para um sonho. Eu agradeço muito porque agora todas as borboletas poderão ser vistas nesta lei que visa melhorar a vida dele”, disse Tayane, que fez questão de acompanhar a votação no plenário da Assembleia Legislativa.

 

 

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