O vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL) denunciou a construtora MRV por suposto crime ambiental, no bairro do Sapê, Zona Norte de Niterói. Uma rede de drenagem, ao lado do campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) teria sido destruída pela empreiteira, que possui um terreno ao lado do estabelecimento de ensino.
Paulo Eduardo classificou o problema como “crime e desastre ambientais”. Segundo o parlamentar, a rede tinha uma tubulação de 1 metro de diâmetro. O vereador creditou os constantes alagamentos na localidade, em dias de chuva, à destruição da rede. A Prefeitura de Niterói já iniciou a obra de reparo.
“Por intervenções diretas no terreno, a MRV interrompeu a rede de drenagem de águas do local. A Prefeitura está tentando recuperar a rede, de forma urgente, para a população deixar de sofrer com inundações”, explicou Paulo Eduardo.
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O parlamentar ainda salientou que a rede passava por baixo do terreno pertencente à empreiteira e teria sido afetada por escavações feitas pela empresa. Embora o governo municipal esteja providenciando o reparo, Paulo Eduardo afirmou que a nova tubulação é menor que a antiga. Por fim, o psolista cobrou que a Prefeitura aplique sanções à MRV.
“Desse terreno, descia uma tubulação de 1 metro de diâmetro que foi interrompida por escavações feitas pela construtora e agora o governo municipal está tendo que substituir aquilo que foi destruído pela MRV. A nova rede de drenagem tem diâmetro de meio metro”, acrescentou o vereador.
Prefeitura atribui alagamentos a obstruções
Questionada sobre o caso, a Prefeitura ofereceu outra explicação para os alagamentos. Segundo o governo municipal, as inundações têm sido causadas por obstruções na rede de drenagem. Indo de encontro à denúncia de Paulo Eduardo Gomes, a Prefeitura não atribuiu o problema à ação da MRV.
“A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos de Niterói (Seconser) informa que há uma obra em andamento no local, de desvio de drenagem, para resolver os alagamentos na rua, que são causadas por acúmulo, devido à obstrução na rede que passa dentro do IFRJ. A previsão de término da obra é na próxima semana”, afirmou a Prefeitura.
Indagada sobre a comparabilidade entre casos, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/RJ) do Ministério Público Eleitoral (MPE) explicou que não faz juízo de valor sobre casos distintos, dadas suas especificidades. Se o MP Eleitoral propuser ação no referido caso contemporâneo, a competência será da Promotoria Eleitoral (MP/RJ) por se tratar de iniciativa ligada à eleição municipal.
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A reportagem do FOLHA DO LESTE também indagou à MRV sobre o assunto e aguarda envio de resposta. A empresa informou que não tem nenhuma operação em execução em Niterói. Uma equipe será enviada ao local para verificar a integridade de sua área. A companhia reafirmou o seu compromisso com a excelência e o cuidado nos processos de construção e se mantém à disposição para qualquer informação.