Foto: Bruno Spada – Câmara dos Deputados
General Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI na gestão Bolsonaro, considerou a declaração do tenente-coronel Mauro Cid sobre reuniões no Palácio do Planalto para tratar de um suposto golpe de Estado após a vitória de Lula como “fantasia”. Heleno depôs na CPMI do 8 de Janeiro como testemunha. Segundo relatos da delação de Mauro Cid, a reunião teria envolvido Bolsonaro e os três comandantes militares. Heleno afirmou que Cid não participava de reuniões e que ele mesmo, apesar de militar, não participava de reuniões com a cúpula militar.
Ele também mencionou que não tratava de assuntos eleitorais com seus subordinados. O ex-ministro exerceu o direito de não responder perguntas que poderiam incriminá-lo e negou participação em reuniões sobre a violação das urnas eletrônicas com o hacker Walter Delgatti Neto. Heleno negou conhecimento de uma “minuta de golpe” em elaboração no governo anterior.
“Leia mais notícias sobre Brasil aqui”
As afirmações do ex-ministro foram criticadas pela base do governo Lula, com o deputado Rogério Correia apresentando uma foto de Cid em um encontro com os militares. Heleno alegou que a imagem era antiga. O deputado Delegado Ramagem defendeu o ex-ministro, lembrando-o que estava na CPI como testemunha.
Antes do depoimento de Heleno, o presidente da CPMI tentou colocar em votação a convocação do diretor da Força Nacional de Segurança Pública, mas não houve acordo. Maia também afirmou que é fundamental chamar os financiadores dos atos golpistas.
