
Foto: Reprodução – Instagram – Ricardo Netuno
A Prefeitura de Maricá é alvo de denúncia sobre as ambulâncias que prestam serviço à rede municipal de saúde. Ao invés de 14 veículos, a empresa contratada estaria disponibilizando menos da metade para o atendimento regular.
- Foto: Reprodução – Instagram – Ricardo Netuno
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O vereador Ricardo netuno (PL) divulgou a denúncia. De acordo com o parlamentar, o contrato firmado entre Secretaria Municipal de Saúde e a empresa Lefe tem o valor de R$3,7 Milhões. Todavia, por conta da má condição dos veículos, o governo municipal estaria recorrendo a outra prestadora.
“A gente vê que tem muitas ambulâncias que não estão sendo usadas. As denúncias que estamos recebendo é que estão usando veículos de outra empresa, a Mahatma, ao invés dos da Lefe, conforme está no contrato”, disse Netuno.
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Também sobre a qualidade dos veículos, Netuno enumerou alguns problemas encontrados por ele, durante ação de fiscalização. O vereador afirmou que, na análise dele, há indícios de fraude contratual.
“Ainda há ambulâncias quebradas e cheias de problemas. A Lefe não faz manutenção preventiva. As ambulâncias estão em péssimas condições, muitas delas ficam baixadas por meses, mas o contrato continua em vigor”, acrescentou.
Dois contratos, mesmas ambulâncias
Netuno também disse que a Lefe possui outro contrato com a Prefeitura de Maricá: para disponibiliza ambulâncias em eventos na cidade. Todavia, os veículos utilizados seriam o mesmo do atendimento regular. Dessa forma, os pacientes ficariam desassistidos em dias de eventos e o governo municipal estaria pagando duas vezes para utilizar as mesmas ambulâncias.
“Além desse, há um outro contrato para prestação de serviço em eventos. Segundo as denúncias que estamos recebendo, estariam retirando ambulâncias de atendimentos contínuos para levar aos eventos. Usam as mesmas ambulâncias em dois contratos”, finalizou o vereador.
Prefeitura é questionada
A reportagem do FOLHA DO LESTE perguntou á Prefeitura de Maricá quantas ambulâncias estão operacionais e quantas estão paradas; se o fato de haver ambulâncias fora de serviço prevê algum desconto no pagamento à empresa; e de que maneira a eventual falta de ambulâncias é reposta, a fim de não deixar a população desassistida.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde (SMS), afirmou que possui contrato firmado para a prestação de serviço de transporte inter-hospitalar, visando atendimentos primários e/ou de urgência e emergência de pacientes que necessitam de transporte dentro e fora do município. O contrato prevê um total de 14 ambulâncias com motorista socorrista.
Neste momento, 10 ambulâncias estão operantes e distribuídas nas unidades Hospital Conde Modesto Leal, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã e Unidade de Pronto Atendimento Municipal 24h Santa Rita, sem quaisquer intercorrências com relação ao atendimento de pacientes.
Os demais quatro veículos estão em manutenção, e a empresa responsável já foi notificada pela SMS para providências imediatas com relação à substituição, sob pena de aplicação das sanções previstas no contrato.