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Acusados de matar professora na Zona Oeste: júri popular pode ser definido

Acusados de matar professora na Zona Oeste: júri popular pode ser definido

Foto: Reprodução – Redes Sociais

O crime chocante envolvendo a professora Vitória Romana Graça teve um novo desdobramento nesta terça-feira (4). A juíza Luciana Mocco, da 2ª Vara Criminal de Bangu, aceitou o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e enviou o processo contra Paula Custódio Vasconcelos e Edson Alves Viana Júnior para o Tribunal do Júri.

A decisão da magistrada se baseia na constatação de que desde o planejamento, os irmãos tinham como objetivo principal matar Vitória, configurando o crime de homicídio. Além disso, por se tratar do assassinato de uma mulher, Paula e Edson podem responder por feminicídio.

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A competência para julgar o caso, segundo a juíza, não se enquadra no Juízo comum, mas sim no Tribunal do Júri. Em sua decisão, a juíza cita o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que o feminicídio é uma circunstância qualificadora de homicídio com natureza objetiva, ou seja, está relacionada ao gênero da vítima. Essa qualificadora se estenderia aos demais participantes do crime, mesmo que não tivessem relação pessoal com a vítima.

Além dos irmãos, a filha de Paula, ex-namorada de Vitória, também participou do crime. No entanto, por ser menor de idade, ela não pode ser indiciada, mas será submetida a uma medida sócio-educativa.

Relembrando o Caso:

Relembrando o caso, o corpo carbonizado de Vitória Romana Graça foi encontrado na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, em agosto deste ano. Ela havia sido sequestrada um dia antes por Paula, sua ex-sogra, que acabou sendo presa no mesmo dia. A ex-namorada da professora também foi apreendida.

As investigações apontaram que o crime foi motivado por questões financeiras. Vitória ajudava financeiramente a adolescente, mas após o término do relacionamento, a ajuda cessou. Paula confrontou a professora no colégio onde ela trabalhava, e no mesmo dia, Vitória desapareceu.

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A mãe da vítima recebeu um telefonema pedindo resgate e denunciou o sequestro à polícia. Durante o período em que ficou desaparecida, transferências bancárias foram feitas para a conta de Edson Júnior, irmão de Paula. As investigações também revelaram que a professora foi torturada e morta a pedido de Paula.

Edson confessou o crime, alegando que participou para ganhar dinheiro e comprar drogas, enquanto a irmã e sobrinha enforcavam Vitória. O corpo da vítima foi queimado em uma mala. No trajeto, mãe e filha ainda fizeram saques nas contas de Vitória.

 

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