
Foto: Reprodução
A tipificação foi alterada para racismo após investigação da 35ª DP (Campo Grande), que constatou que a ofensa foi direcionada à coletividade, e não apenas ao indivíduo. Além disso, ela foi autuada por falsidade ideológica devido a mentiras sobre sua profissão e por ameaça devido à tentativa de intimidação.
Segundo o delegado Vilson de Almeida, o caso já foi enviado para a Justiça, e Amanda pode até pegar uma pena de até 10 anos de prisão. No dia dos crimes, a mulher disse que não sabia o motivo do jovem estar no local por acreditar que ele não tinha dinheiro para comprar lanche. Ela também insultou o estudante com comentários racistas, afirmando “odeio preto” duas vezes. O vídeo mostrando as ofensas viralizou nas redes sociais.
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O jovem, identificado como Mattheus da Silva Francisco, ficou emocionado e chorou com as ofensas raciais que recebeu. Ele relatou para a polícia que apenas parou ao lado da agressora para fazer um pedido de lanche, pois não havia fila. A auxiliar administrativo ficou revoltada com a situação e começou a insultá-lo, dizendo que ele não conseguiria chegar a lugar nenhum por causa de sua cor e local de moradia.
Amanda foi levada para a 35ª DP para prestar depoimento, onde mentiu sobre sua profissão de médica e sobre ser casada com um miliciano. Porém, as investigações revelaram que ela não possui registro no Conselho Regional de Medicina (Cremerj) e admitiu, em seu segundo depoimento, ter inventado a história por medo de agressão.
A suspeita justificou as ofensas alegando estar embriagada, afirmando ter passado o dia consumindo diferentes bebidas alcoólicas. Agora, aguarda o desdobramento do processo na Justiça, com a possibilidade de enfrentar graves consequências por seus atos discriminatórios.