
PM Francisco de Assis Ferreira Pereira, que se apresentou como dono do terreno – Foto: Divulgação
Policial militar investigado por invasão e ameaças contra idoso e sua família no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Francisco de Assis Ferreira Pereira, juntamente com outros cinco PMs armados e à paisana, invadiram o terreno do idoso na Avenida das Américas. Afilha do idoso denuncia que o policial apresentou documentos falsos emitidos por um cartório lacrado por fraude em Niterói. O caso aconteceu em agosto do ano passado e desde então a filha da vítima tenta provar que o local pertence ao pai. Além da Polícia Civil, a Corregedoria da Polícia Militar também investiga o envolvimento do PM Francisco no caso.
No dia da invasão, a filha do idoso acionou a Polícia Militar para intervir, porém o vigia contratado pela família já havia sido expulso do terreno pelos militares. O policial Francisco de Assis, suposto dono do terreno, faltou ao depoimento na 42ª DP. Fotos mostram que ele participou da invasão junto com outro policial, Rafael Ferreira Nunes de Carvalho, e com o major Edson Raimundo dos Santos, condenado por envolvimento na tortura e morte do pedreiro Amarildo Souza. O vigia relatou ter sido ameaçado pelos policiais e foi obrigado a sair do local por medo.
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Uma semana após o ocorrido, policiais da 42ª DP retornaram ao terreno para cumprirem uma ordem de interdição, mas encontraram o local trancado com correntes e cadeados. A filha do empresário apresentou um laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli que comprova adulterações nas folhas da suposta escritura do terreno. O cartório responsável pela emissão dos documentos já foi interditado por fraudes. A defesa da filha do empresário anexou comprovantes de contas de luz e outros gastos antigos do terreno, além de depoimentos de vizinhos sobre a presença da família no local antes da invasão.
O caso está sendo julgado na 7ª Vara Cível da Barra da Tijuca e é acompanhado pelo Ministério Público do Rio. A Polícia Militar informou que ainda não recebeu uma comunicação formal sobre o caso, mas o 39º BPM instaurou um procedimento apuratório e acionou a Corregedoria da Corporação para investigar o policial Francisco de Assis. A justiça irá decidir quem é o verdadeiro dono do terreno e as punições para os envolvidos na invasão ilegal.