O contraventor Bernardo Bello, procurado por ser suspeito de mandar matar um advogado em Niterói, possui uma trajetória repleta de controvérsias, forte influência no samba e ligação com nomes do futebol.
Em janeiro do ano passado, Bello foi preso em Bogotá, na Colômbia, em cumprimento de decisão proferida pela Juíza de Direito Tula Mello, do I Tribunal do Júri da Capital.
Ele foi apontado como mentor intelectual do assassinato de Alcebíades Paes Garcia, o ‘Bid’, que seria seu rival na disputa por pontos do jogo do bicho.
Segundo o MPRJ, a eliminação o concorrente pelo domínio dos pontos da contravenção do jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis na zona Sul e em parte da zona Norte do Rio motivou o homicídio.
Em março deste ano, o bicheiro foi alvo de outra operação do MPRJ, contra um suposto esquema de lavagem de dinheiro do jogo do bicho. O órgão chegou a denunciar o ex-jogador Emerson Sheik por participação. O ex-atleta nega as acusações.
De acordo com a investigação, Bello e Sheik realizaram uma troca de propriedades, sendo a cobertura do ex-jogador envolvida na negociação por uma casa localizada na Barra da Tijuca.
Bello teria realizado uma transferência de R$ 473.550,00 para Sheik em quatro depósitos em dinheiro. O Ministério Público alega que esses valores foram utilizados clandestinamente como parte do pagamento para a aquisição do imóvel.
Bernardo Bello ainda presidiu escola de samba Unidos de Vila Isabel, que disputa o Grupo Especial do Carnaval Carioca. Ele permaneceu no cargo entre os anos de 2017 e 2018. Ele estava solto desde maio, após o Superior Tribunal e Justiça (STJ) conceder habeas corpus.