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Nova Serra das Araras promete viagem mais rápida e obra com menor impacto ambiental

Nova Serra das Araras promete viagem mais rápida e obra com menor impacto ambiental | Divulgação

A nova Serra das Araras transformou o trecho da Dutra entre os quilômetros 225 e 233 desde abril de 2024. A modernização atinge um dos maiores gargalos logísticos do país e combina soluções de engenharia com ações ambientais que reduzem impacto e aumentam a segurança.

O projeto movimenta R$ 1,5 bilhão e gera cinco mil empregos. Ele inclui 24 viadutos, duas rampas de escape, 14 melhorias de acesso e uma marginal no sentido São Paulo. As frentes de obra avançam em 16 quilômetros, com 93 contenções e três passarelas. A RioSP, concessionária responsável, calcula que 390 mil veículos cruzam a serra por mês, com 36% de caminhões.

Os novos viadutos formarão as pistas de subida e descida e substituirão o traçado atual. A antiga pista de descida, sinuosa e com alto índice de acidentes, servirá como contingência ou rota local. A expectativa aponta para redução de 25% no tempo de subida e 50% na descida.

Para abrir espaço às estruturas elevadas, morros passam por cortes controlados. Máquinas removem terra, enquanto as equipes desmontam rochas com fogo controlado. Até outubro, 370 mil metros cúbicos dos 600 mil previstos já tinham sido retirados. As mudanças exigiram rigor ambiental e um modelo sustentável de execução.

As obras adotam práticas modernas de sustentabilidade. Todo o material rochoso das detonações segue para britagem e volta como insumo para aterros e pavimentação. Dos 2,5 milhões de metros cúbicos gerados, 700 mil correspondem a rochas; o restante é solo reaproveitado para estabilizar encostas e nivelar áreas íngremes.

Nova Serra das Araras promete viagem mais rápida e obra com menor impacto ambiental | Divulgação

A pavimentação conta com 13 mil toneladas de asfalto reciclado (RAP), o que reduz o uso de derivados de petróleo e diminui emissões. O reaproveitamento reforça a economia circular e mantém resistência e durabilidade no piso.

A preservação da vegetação e dos cursos d’água orienta o traçado. Os 24 viadutos diminuem o corte de árvores e mantêm a conectividade de habitats. A solução garante rotas seguras para animais silvestres e reduz fragmentação ambiental.

O licenciamento ambiental, concluído pelo Inea em abril de 2024, inclui programas de acompanhamento da flora, fauna e qualidade da água. As equipes mapeiam espécies, resgatam sementes e mudas e reintroduzem a vegetação nas áreas próximas. Pelo menos 300 indivíduos foram identificados, e mais de 120 espécies já voltaram para regiões próximas da rodovia.

O programa de fauna acompanha cada frente de obra. Biólogos e veterinários afugentam ou resgatam animais quando necessário, garantindo proteção durante as intervenções.

“O comprometimento de todos nós, colaboradores da RioSP e da Motiva, é fundamental para concluir essa obra. E tudo isso conectado ao nosso pilar, que é cuidar da natureza”, afirmou Rogério Alves, coordenador de Meio Ambiente da Motiva.

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