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Brasil registra saldo positivo de empregos formais em outubro

Brasil registra saldo positivo de empregos formais em outubro | Marcelo Camargo/Agência Brasil

O saldo de empregos formais em outubro encerrou o mês com 85.147 vagas abertas no Brasil, segundo dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quinta-feira (27). Embora positivo, o ritmo desacelerou em relação a setembro, quando o país havia criado 213.002 postos.

Com 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos, o mês mostrou avanço moderado e reforçou a tendência de arrefecimento do mercado formal. Mesmo assim, o estoque nacional chegou a 48.995.950 vínculos celetistas ativos.

Enquanto isso, o acumulado de 12 meses registrou 1.351.832 vagas, abaixo do observado no período anterior, quando o total havia superado 1,7 milhão.

Setores que mais contrataram

Entre os cinco grandes setores, apenas dois tiveram saldo expressivo. O segmento de serviços, que costuma impulsionar o emprego urbano, abriu 82.436 vagas. O comércio somou 25.592.

Já a indústria perdeu 10.092 vagas, a construção civil recuou 2.875, e a agropecuária fechou 9.917 postos, refletindo o fim de ciclos sazonais e a pressão de custos no setor.

Desempenho dos estados

O saldo ficou positivo em 21 unidades da federação. Em números absolutos, São Paulo liderou com 18.456 novas vagas. Logo depois, vieram o Distrito Federal, com 15.467, e Pernambuco, com 10.596.

Proporcionalmente, o destaque também ficou com o Distrito Federal, que cresceu 1,5%. Alagoas avançou 1% e o Amapá, 0,7%. Entre os vínculos criados, 67,7% foram considerados típicos, enquanto 32,3% pertenciam a categorias não típicas, com aumento de trabalhadores intermitentes e jornadas reduzidas.

Salário de admissão avança

O salário médio de admissão chegou a R$ 2.304,31, alta de 0,8% em relação a setembro. Trabalhadores típicos receberam, em média, R$ 2.348,20, enquanto não típicos ficaram com R$ 1.974,07.

As mulheres conquistaram a maior parte das vagas, com 65.913 contratações, impulsionadas principalmente pelo setor de serviços. Os homens somaram 19.234 novos empregos.

Entre os jovens, o grupo de 18 a 24 anos concentrou 80.365 contratações. Já os adolescentes de até 17 anos registraram 23.586 novas vagas. Ambos avançaram mais em serviços, comércio e indústria de transformação.

Motivos da desaceleração

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, atribuiu a queda no ritmo de criação de vagas à política de juros praticada pelo Banco Central. A Selic passou de 10,5% para 15% ao ano, segundo ele, afetando investimentos e freando decisões de contratação.

Marinho afirmou que a economia entra em “processo de desaceleração” quando enfrenta juros elevados por longos períodos e reforçou que o Banco Central precisa avaliar redução nas taxas para evitar um impacto maior sobre o mercado de trabalho.

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