Mundial sub-17: Brasil obtém classificação nos pênaltis para a segunda rodada do mata-mata

Goleiro João Pedro garante classificação do Brasil no mundial sub-17, para a segunda rodada do mata-mata, tanto no tempo normal, assim como nos pênaltis | NelsonTreme/CBF

DE DOHA, Vicente Dattoli, enviado especial ao Qatar – Sextou em Doha, mas, felizmente, nas cores verde e amarelo. O relógio marcava 21h no horário local (estamos seis horas à frente de Brasília), quando o Brasil garantiu sua classificação para a segunda rodada do mata-mata do Mundial sub-17. Uma vitória obtida nos pênaltis — 5 a 4 — depois de um 0 a 0 com contornos de sofrimento desde o início. E assim prosseguiu até a última cobrança.

E se o sextou tem um nome, claro que é João Pedro, goleiro do Santos, 1,99m, que pegou três cobranças.

Vicente Dattoli e o Folha do Leste em mais uma cobertura esportiva internacional, agora em Doha, no Catar | ₢Brasil 21 Comunicação/Todos os Direitos Reservados

Apesar de favorita, a seleção brasileira fez a torcida sofrer em Doha. Com 5min tivemos um jogador expulso – e com a utilização da principal novidade deste Mundial, o desafio. Aqui, não temos VAR em todos os lances, apenas quando o treinador solicita. E o técnico paraguaio pediu e levou a expulsão de Vitor Hugo. Teríamos mais de 90 minutos, com os acréscimos, com um jogador a menos.

Só que o Brasil soube sofrer, como diz a geração que está por aqui para tentar o título mundial. Não só soube, como merecia mais. Só que estava escrito que a noite qatari teria um herói. Aos 48min do segundo tempo João Pedro já começou a mostrar que algo mais aconteceria quando salvou um gol certo de Buhring. E lá foi a partida para os pênaltis.

A consagração de um grande goleiro: João Pedro

O Brasil, com L. Eduardo, começou errando, o que só fez aumentar a tensão entre os torcedores que ocuparam todo o setor reservado do Brasil no pitch 9 (campo 9 do complexo Aspire Zone, oficialmente batizado Adel Malalla) e ainda invadiram o espaço que deveria ser dos paraguaios. E a vantagem psicológica guarani começou a mudar quando Thiaguinho, do Grêmio, converteu seu pênalti de cavadinha. Isso abalou até o treinador do Paraguai, que tentava entender como um garoto, naquela situação, se dava ao luxo de bater daquela forma.

E as cobranças avançavam, com o Brasil tendo duas chances de matar o jogo depois que João Pedro defendeu a cobrança de Campss. Pena que Rayan tenha isolado a sua cobrança, tirando de Patetuci, técnico do Brasil, o grito de “calma, tem de ter calma”. Só que a noite era mesmo de João Pedro, que ainda defenderia mais uma vez, abrindo caminho para a classificação. Na próxima rodada, agora com apenas 16 seleções, nosso rival será a França.