“A Cor da Dor e a Urgência do Basta”: caso de racismo e capacitismo em Niterói denuncia apologia ao nazismo

Imagem reflete todos os elementos narrados no artigo de autoria do Dr. Leonardo Alonso, “A Cor da Dor e a Urgência do Basta”, que relata um caso de racismo e capacitismo em Niterói, assim como denuncia apologia ao nazismo | Criação: Enzo Carvalho/Folha do Leste
De Niterói, Professor Leonardo Alonso, em 10/11/2025 — De antemão, faço um AVISO DE GATILHO para a leitura de “A Cor da Dor e a Urgência do Basta” porque estamos a falar sobre um caso sensível de racismo e capacitismo, que ainda conta com apologia ao nazismo na cidade de Niterói.
Então, caro leitor, prepare-se. Porque a história que segue representa um mergulho em águas turvas. Apesar de se tratar de lugar raso, o racismo, o capacitismo, a apologia ao nazismo, o abuso de idosos e o eco de uma ideação suicida se entrelaçam em uma narrativa crua e, infelizmente, real.
BASTA
A Justiça, encarnada por quem a defende no Rio de Janeiro, foi brutalmente atingida. Mas, desta vez, o silêncio não é uma opção; é covardia. É preciso acompanhar esta narrativa até o fim, pois isso é urgente.
Com uma tristeza que atravessa a alma e um abalo psicológico tão profundo que flerta com a desistência, um discurso de ódio vil veio a público. O alvo se trata de um agente da justiça. A fonte? Uma advogada atuante em Niterói. A razão? A cor da pele de um genitor.
DIGNIDADE DESPIDA: FILHO DE NEGRO JAMAIS
As palavras ainda ecoam, geladas e cortantes. Sobretudo, quando dito que “não se envolveria com um filho de negro”.
Em contrapartida, cada sílaba arrancava-lhe dignidade. Ao mesmo tempo, uma ferida profunda se abria, expondo a chaga de um preconceito que insiste em assombrar a sociedade.
Mas o ódio, cruel em sua insistência, não se contentou. Simultaneamente, a condição de autismo da vítima (🧩) tornou-se o próximo alvo. Nesse ínterim, a neurodiversidade foi chamada de “farsa”. Além disso, de uma “mentira” inventada para “ganhar benefícios e privilégios”. Ao mesmo tempo, rotulou o profissional médico — que acompanha o caso — como “incompetente”.
Em síntese, a cegueira do preconceito distorce a realidade. Principalmente quando se transforma uma neurodiversidade em objeto de escárnio.
IDOSA ATACADA COMO MÃE
Ademais, a virulência do discurso de ódio ainda encontrou força para atingir o mais sagrado: uma mãe. Apesar de se tratar de uma mulher idosa, com uma vida dedicada ao serviço público, foi violentamente difamada.
Em meio aos ultrajes, viu-se falsamente como acusada de diversos impropérios. Por exemplo, de ser “viciada em drogas”, chamada de “louca”, dita como “incapaz”.
Porém, dentre a mais hedionda das falsidades desferidas, a de “querer matar o próprio filho” se revela a mais grave.
Enfim, esta idosa, nesse exato momento, encontra-se altamente debilitada, vítima da crueldade dessas mentiras.
FÉ NA SUPREMACIA RACIAL
A gravidade dos fatos é estarrecedora porque a mesma voz que profere o ódio insiste em exaltar sua “superioridade racial”, por conta de descendência alemã. Ostenta figurinhas de Adolf Hitler e defende abertamente o fim do Estado Democrático.
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