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Exploração de petróleo na Margem Equatorial gera debate no Brasil

Petrobras vai recorrer da suspensão de conselheiro

Exploração de petróleo na Margem Equatorial gera debate no Brasil | Tânia Rêgo/Agência Brasil

A exploração de petróleo na Margem Equatorial reacende um dos debates mais delicados entre economia e meio ambiente no Brasil. Mesmo com estudos ainda em fase inicial, o tema já provoca tensão entre governo, ambientalistas e a Petrobras.

O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que a Petrobras possui capacidade técnica para estudar a região com segurança ambiental. Segundo ele, o processo atual não envolve extração de petróleo, mas a investigação para confirmar a existência de reservas viáveis. A perfuração para pesquisa no bloco FZA-M-59 recebeu aval do Ibama nesta segunda-feira (20).

Apesar do discurso oficial destacar apenas estudos, ambientalistas alertam para riscos em uma área considerada sensível e estratégica. Organizações da sociedade civil prometem recorrer à Justiça para contestar o licenciamento ambiental e apontam possíveis falhas técnicas no processo.

Jader Filho reforçou que países vizinhos já exploram petróleo na mesma faixa equatorial. Por isso, ele defende que o Brasil tem direito de acessar essa riqueza com responsabilidade ambiental. No entanto, especialistas alertam que a região abriga ecossistemas frágeis e ainda pouco conhecidos.

A Margem Equatorial se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, com potencial estimado de até 16 bilhões de barris de petróleo. Se confirmada a viabilidade, a produção pode chegar a 1,1 milhão de barris por dia, sendo chamada por membros do governo de “novo Pré-Sal da Amazônia”.

Mesmo assim, o ministro garante que nenhuma exploração começará sem segurança ambiental. Segundo ele, qualquer avanço deve gerar emprego, renda e proteção ao meio ambiente ao mesmo tempo. Enquanto isso, a pressão de cientistas e movimentos ambientais aumenta, cobrando cautela e transparência.

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