Pesquisa Fiocruz fortalece saúde da população negra em São Gonçalo

Pesquisa Fiocruz fortalece saúde da população negra em São Gonçalo | Divulgação
Representante da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz (ENSP/Fiocruz) apresentou nesta terça-feira (7) uma pesquisa sobre o Programa Municipal de Atenção Integral à Saúde da População Negra (PMAISPN) no auditório da Secretaria de Saúde de São Gonçalo. O encontro reuniu gestores, profissionais de saúde e representantes dos conselhos municipais de Saúde e da Igualdade Social.
A pesquisadora Renata Pedreira da Cruz, responsável pelo apoio estratégico à Política de Saúde da População Negra da Fiocruz, apresentou os resultados da avaliação decolonial sobre a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) na cidade.
“Desde 2021, iniciamos a pesquisa de avaliação do programa no Estado, analisando casos do Rio de Janeiro e São Gonçalo. Hoje, devolvemos os dados e discutimos estratégias para implantar a pauta antirracista na cidade, incluindo diretrizes, indicadores e metas nos planos municipais de saúde”, explicou Renata.
Para a coordenadora do PMAISPN, Belmira Félix, o encontro foi essencial.
“Conversamos sobre os principais achados, reconhecemos avanços e refletimos sobre desafios. O diálogo fortalece o compromisso com a equidade em saúde e com ações para enfrentar o racismo institucional no SUS”, destacou.
O programa se tornou referência nacional por ser pioneiro na pesquisa de saúde sobre a população negra, com objetivo de melhorar políticas públicas para este grupo.
“Ver São Gonçalo escolhido como campo desta pesquisa é motivo de orgulho. Reconhece os esforços do município e reafirma nosso compromisso com uma saúde mais justa e inclusiva para todos”, completou a diretora do Depro, Vilma Elena Xavier Ferreira.
O PMAISPN busca garantir igualdade no atendimento à saúde, incluindo promoção, prevenção, tratamento e recuperação de doenças mais prevalentes na população negra, como hipertensão, diabetes, glaucoma, síndrome hipertensiva na gravidez e doença falciforme.
A autodeclaração de raça/cor nas unidades de saúde orienta ações públicas, combate o racismo e permite direcionar políticas afirmativas com mais efetividade.
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