As indefinições da Fifa

As indefinições da Fifa | Reprodução
Tudo parecia correr bem para a Fifa. A segunda edição da Copa Intercontinental (sucessora do antigo Mundial de Clubes, disputada pelos campeões continentais), teve o Pyramids, do Egito, classificado para a decisão da taça África/Ásia/Pacífico – a equipe da terra dos faraós venceu, sem dificuldades, o Auckland City, da Nova Zelândia.
Pelo ranking, que estabelece a sede das partidas, o jogo decisivo seria na Arábia Saudita, contra o Al Ahli (não confundir com o homônimo também do Egito. Jogo em Jeddah, estádio lotado (pelos sauditas e pelos egípcios, que estão a menos de duas horas do local). Como o time da sede da Copa de 2034 é reconhecidamente mais forte… Estaria solucionada a sede das três partidas finais, com a presença do Cruz Azul, do México; do campeão da Libertadores (pode ser um brasileiro, ainda); e mais o Paris Saint-Germain, campeão da Champions League.
O problema é que esqueceram de combina com o Pyramids. Sem tomar conhecimento da força do adversário, o time do Egito foi lá e… Nova vitória. Com isso, não há aparente apelo popular para os três jogos finais serem na Arábia Saudita. Claro que o fato de o país se preparar para receber a Copa de 2034 pode influir, mas como querer estádio cheio, por exemplo, para uma partida entre o Cruz Azul e, só para raciocinar, a LDU do Equador?
Ver o Paris Saint-Germain é atraente, mas corre-se o risco de acontecer o mesmo que em 2024, quando, em Doha, o Botafogo, então campeão da Libertadores, levou um passeio do Pachuca, do México (3 a 0), abrindo caminho para uma final sem sabor na qual o Real Madrid passeou contra os mexicanos, que chegaram à decisão depois de vencerem o Al Ahly, do Egito, nos pênaltis, com o estádio bem meia-boca. Ruim para a Fifa, ruim para os patrocinadores.
Em momento de festa, o Egito pode ser o destino dos três jogos finais, dias 10, 13 e 17 de dezembro. Só que o Pyramids não tem a força popular do Al Ahly. Nem mesmo jogando em casa atrairia um público de impressionar. E o chamado Derby das Américas poderia ser realizado para um estádio vazio – não se discute a lotação das duas partidas finais. E como a grana envolvida é razoável (não tanto quanto como na Copa do Mundo que tivemos este ano nos EUA), agradar patrocinadores e ter estádios cheios é preocupação para a Fifa.
+ MAIS NOTÍCIAS DE ESPORTES? CLIQUE AQUI