

Alerj: Trabalhadores de aplicativos ganham central de denúncias contra violência no Rio | Reprodução
Trabalhadores de aplicativos agora contam com um disque-denúncia exclusivo para registrar casos de violência no Rio de Janeiro. A Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) anunciou, nesta terça-feira (2), a criação da central voltada para motoristas, entregadores e prestadores de serviços em plataformas digitais.
A medida foi motivada pelo aumento de casos de agressão e criminalização da categoria, como o episódio recente em que o entregador Valério de Souza Júnior foi baleado por um policial penal na Taquara, Zona Oeste do Rio.
Como funciona o canal
O número (21) 98261-6266 está disponível para denúncias de agressões físicas, ameaças, assédio e outras violações de direitos. Além de receber relatos, a central vai produzir relatórios periódicos para subsidiar políticas públicas e novas medidas legislativas em defesa dos trabalhadores de aplicativos.
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Segundo a deputada estadual Dani Balbi (PCdoB), presidente da Comissão de Trabalho, o canal representa uma forma de dar visibilidade a situações que muitas vezes não chegam às autoridades competentes.
“É inaceitável que trabalhadores que sustentam o cotidiano da cidade, garantindo alimentação e mobilidade, sigam expostos a agressões e humilhações. O disque-denúncia será um instrumento para registrar, acompanhar e encaminhar esses casos, fortalecendo a proteção da categoria”, afirmou.
Caso do entregador baleado
O caso mais recente que motivou a iniciativa ocorreu no último sábado (30). O entregador Valério de Souza Júnior foi baleado pelo policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini após se recusar a subir até o apartamento para entregar um pedido.
A cena foi registrada pela própria vítima, que compartilhou o vídeo nas redes sociais. Nas imagens, o policial aparece reclamando da gravação e, em seguida, atira contra a perna do entregador.