Desde o dia em que houve um tumulto entre vendedores ambulantes e vigilantes aconteceu no Plaza Shopping, em Niterói, vários leitores da FOLHA DO LESTE opinaram sobre o tema, por meio das redes sociais. A maioria se manifestou contra a presença dos ambulantes dentro dos centros comerciais da cidade.
João Lima é de Niterói e frequentador do Plaza. Ele acredita que os ambulantes devem atuar apenas na parte externa do shopping e criticou a agressividade na abordagem de alguns deles.
“Os ambulantes devem respeitar a lei e oferecer as mercadorias do lado de fora do Shopping. Muitos são abusados e inconvenientes”, disse.
O internauta André Campos opinou na mesma linha e recordou que, por ser um empreendimento privado, o Plaza teoricamente estaria desobrigado a permitir a presença dos ambulantes.
“Ali é uma área privada, o shopping não está obrigado a permitir ambulantes lá dentro. Sem falar que, se consultar a população, a maioria será contra ser abordada no interior do mesmo”, acrescentou.
Já a niteroiense Priscilla Gomes, embora tenha se manifestado de forma contrária à atuação dos ambulantes, criticou a atuação dos vigilantes. Segundo denúncias feitas pelos vendedores, um vigia teria agredido um menor de idade.
“Errado estava o segurança por ter agredido o menino, mas os que foram defender foram piores. Eles sabem que ali não pode vender, mas são abusados. Deveriam ir atrás do homem que se apresentou como ‘responsável’ pelos meninos que estavam vendendo”, destacou.
Ainda que em menor número, houve quem defendesse a atuação dos ambulantes. Nicolly Tasso seguiu na linha de raciocínio de que é melhor um menor em vulnerabilidade social estar vendendo doces do que atuando no crime.
“Se o sujeito está na favela, vendendo drogas e portando um fuzil, é massacrado e hostilizado pela sociedade. Agora, se está vendendo bala, também é discriminado. Querem o que? Trabalho formal está difícil demais”, ressaltou.
Tumulto na Praça de Alimentação
A Praça de Alimentação do Plaza Shopping foi palco de cenas de violência e temor na tarde da última terça-feira. Vendedores de balas, revoltados com a segurança do shopping, partiram pra cima de agentes. O motivo: mais cedo, um menor, que vendia balas dentro do shopping, foi agredido, segundo denunciavam.
Houve quebra-quebra. Mesas, cadeiras e utensílios de restaurantes foram danificados. Pessoas correram para se afastar do tumulto. Todavia, o shopping seguiu funcionando normalmente, embora algumas lojas tenham fechado as portas duramnte a confusão. Não houve registro de prisões ou feridos.