Celebrado nesta quarta-feira, em 27 de agosto, o Dia do Psicólogo nos convida à reflexão sobre o papel desses profissionais na sociedade. A data marca a regulamentação da profissão no Brasil, ocorrida em 1962, bem como reforça a importância da atuação do psicólogo em diferentes áreas da vida social.
Atualmente, vivemos num contexto em que doenças mentais como depressão, ansiedade e síndrome de burnout crescem em escala global. Assim sendo, o psicólogo se torna peça-chave no cuidado com a saúde emocional. Apenas no Brasil, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), transtornos de ansiedade afetam cerca de 9% da população. O índice corresponde, em suma, a um dos percentuais mais altos do mundo.
O trabalho dos psicólogos vai além dos consultórios, pois eles estão presentes presente em escolas, empresas, hospitais, tribunais, comunidades e instituições públicas. Atuam tanto na prevenção, assim como no tratamento de questões emocionais e sociais.
A relevância dessa profissão ficou ainda mais evidente após a pandemia, quando a busca por acompanhamento psicológico disparou. Hoje, a valorização da saúde mental deixou de ser tabu e passou a integrar o dia a dia de empresas, famílias e governos.
O Dia do Psicólogo, portanto, vai além da justa e merecida comemoração desta carreira, por vezes indispensável para a sobrevida de muitas pessoas. É também um alerta para a urgência de políticas públicas que garantam o acesso à saúde mental, além do reconhecimento de que cuidar da mente é cuidar da vida.
Síndrome de Burnout
O aumento de casos de burnout é um dos mais alarmantes, especialmente no ambiente de trabalho.
- O número de trabalhadores brasileiros afastados por essa síndrome quadruplicou entre 2020 e 2023. De acordo com a Agência Brasil, os registros de benefícios do INSS cresceram mais de 1000% em comparação a 2014.
- Uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR) indica que cerca de 30% da população economicamente ativa no Brasil sofre com a síndrome de burnout. O país é o segundo no ranking mundial de casos, ficando atrás apenas do Japão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o burnout como um fenômeno ocupacional, reconhecendo sua ligação direta com o estresse crônico no trabalho.
Depressão e Ansiedade
A ansiedade e a depressão continuam sendo os transtornos mentais mais comuns no Brasil e no mundo.
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O Brasil tem registrado um aumento recorde no número de afastamentos do trabalho por problemas de saúde mental, com destaque para a ansiedade e a depressão.
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Em 2023, mais de 288 mil brasileiros foram afastados do trabalho por transtornos mentais, segundo o Ministério da Previdência Social.
Esse cenário reflete uma crise de saúde mental que tem demandado mais atenção de empresas e do poder público, com a busca por soluções para oferecer suporte adequado aos trabalhadores e à população em geral.