Ministério da Saúde seleciona 501 médicos para regiões vulneráveis | Tomaz Silva/Agência Brasil
O programa “Agora Tem Especialistas” foi relançado em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem como objetivo ampliar o acesso a consultas especializadas, reduzir filas de espera e agilizar diagnósticos e tratamentos, incluindo casos de câncer.
Todos os Estados receberão profissionais, mas 65% irão para Norte e Nordeste, regiões com maior déficit de especialistas. Entre os 993 inscritos, 138 médicos receberão bolsas de R$ 20 mil (faixa 1); 188 terão bolsas de R$ 15 mil (faixa 2); e 175 receberão R$ 10 mil (faixa 3).
Segundo o ministro Alexandre Padilha, os candidatos têm, em média, 12 anos de experiência, contrariando críticas que afirmavam que apenas profissionais sem formação participariam do programa. Profissionais que não apresentaram toda a documentação, como o Registro de Qualificação de Especialista (RQE), compõem a lista de espera e poderão ser chamados futuramente.
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Os médicos selecionados atuarão em áreas como cirurgia geral, ginecologia e anestesiologia, com curso de aprimoramento incluso. Além disso, o programa prevê 150 carretas equipadas para realização de 720 mil pequenas cirurgias, biópsias, 4,6 milhões de exames e 9,4 milhões de consultas, incluindo mutirões em áreas remotas e atendimentos a caminhoneiros.
O Ministério da Saúde também anunciou 3 mil bolsas para formação de especialistas e a criação de novos programas de residência médica em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB). Parte do programa permite que dívidas de planos de saúde e hospitais privados sejam abatidas mediante prestação de serviços ao SUS.
“O desafio é grande, mas precisamos de estratégias inovadoras para garantir acesso qualificado à saúde. Com profissionais experientes, estamos prontos para atender onde há mais necessidade”, destacou Padilha.
