

CMN amplia linhas de crédito para estados, municípios e Novo PAC | Ricardo Stuckert/PR
A partir de segunda-feira (25), estados, municípios e empreendimentos do Novo PAC poderão acessar R$ 1,4 bilhão adicionais em operações de crédito junto ao sistema financeiro, com garantia da União.
A decisão foi tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em reunião extraordinária, que remanejou os sublimites de crédito para os entes públicos.
O total de crédito disponível para União, estados, municípios e estatais em 2025 permanece em R$ 21,426 bilhões, limite definido em janeiro.
Remanejamento de sublimites
As mudanças aprovadas pelo CMN foram:
-
Operações de crédito com garantia da União para estados e municípios: de R$ 7,0 bilhões para R$ 7,3 bilhões;
-
Operações com garantia da União no Novo PAC: de R$ 1,5 bilhão para R$ 2,5 bilhões;
-
Operações sem garantia da União para estados e municípios: de R$ 4,0 bilhões para R$ 4,1 bilhões;
-
Operações sem garantia da União no Novo PAC: de R$ 2,0 bilhões para R$ 1,0 bilhão;
-
Operações com garantia da União para Parcerias Público-Privadas: de R$ 500 milhões para R$ 100 milhões.
Segundo o Ministério da Fazenda, mais de 60% do sublimite do Novo PAC com garantia da União já foi utilizado, permitindo ajustes no remanejamento das linhas de crédito.
+ MAIS NOTÍCIAS DO BRASIL? CLIQUE AQUI
Operações com garantia da União têm cobertura do Tesouro Nacional em caso de inadimplência, com posterior compensação via repasses obrigatórios.
Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
O CMN também regulamentou a metodologia de cálculo de juros para financiamentos com recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC).
A nova regra iguala o cálculo ao aplicado nas linhas do BNDES e detalha os encargos cobrados do mutuário, distinguindo o que remunera o Fundo e o que vai para as instituições financeiras.
Plano de contingência para exportadores
Outra medida aprovada trata das linhas de crédito de R$ 40 bilhões para empresas afetadas pelo aumento de 50% nas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Empresas que tiverem perda superior a 5% do faturamento bruto terão prioridade no acesso aos recursos. O BNDES injetará R$ 10 bilhões, elevando o total de crédito de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões.
O CMN é presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e conta com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet.