

Lula viaja à Colômbia para cúpula amazônica e deve articular apoio a fundo de US$ 125 bi | José Cruz/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca nesta quinta-feira (21) em Bogotá, capital da Colômbia, para participar, na sexta-feira (22), da 5ª Cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca).
O encontro deve atualizar compromissos dos países que compartilham a maior floresta tropical do planeta e fortalecer a articulação regional em torno da COP30, que será realizada em Belém (PA) em 2025, a primeira conferência climática da ONU em solo amazônico.
Fundo global de US$ 125 bilhões
Uma das principais iniciativas defendidas pelo governo brasileiro é a aprovação de uma declaração conjunta de apoio ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), que será lançado na COP30.
O fundo prevê US$ 125 bilhões para financiar a preservação de biomas florestais em cerca de 70 países, considerados fundamentais para a regulação do regime de chuvas e para a captura de carbono na atmosfera.
Agenda em Bogotá
O primeiro compromisso de Lula será às 9h30 de sexta-feira, em um diálogo entre representantes da Otca, organizações da sociedade civil e comunidades indígenas. Em seguida, ocorrerá a cúpula oficial, sediada na Casa de Nariño, sede da Presidência da Colômbia.
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O formato repete a metodologia da última edição, em Belém, em que houve participação direta de entidades civis nos debates.
Do lado brasileiro, acompanham Lula os ministros Márcio Macedo (Secretaria-Geral), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.
Carta de Bogotá e compromissos regionais
Além da declaração sobre o fundo, a cúpula deve aprovar a chamada Carta de Bogotá, reforçando metas conjuntas no combate ao desmatamento e no desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Entre os líderes da região, apenas Lula e o presidente colombiano Gustavo Petro confirmaram presença. Os demais países amazônicos serão representados por seus chanceleres.
Antes de retornar ao Brasil, Lula concederá uma declaração à imprensa.