Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), o estado ocupa a terceira posição no ranking nacional de casos novos de tuberculose, ficando atrás apenas do Amazonas e de Roraima. No ano de 2022, foram registrados um total de 17.373 casos da doença, sendo 13.642 novos adoecimentos e 807 óbitos.
No Dia da Vacina BCG, celebrado em 1º de julho em homenagem à criação do imunizante contra a tuberculose, a SES-RJ destaca a importância da aplicação da dose em bebês, preferencialmente entre 12 horas após o nascimento e um mês de idade. A vacina BCG está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e é obrigatória desde 1976, devendo ser administrada em todos os recém-nascidos. No entanto, não é recomendada para crianças com mais de 4 anos ou adultos, a não ser em casos específicos, como pessoas que convivem com indivíduos com hanseníase.
A tuberculose é uma doença infecciosa crônica, e os dados sobre sua incidência são consolidados apenas no ano seguinte. Em relação ao tratamento, a doença requer um período prolongado de pelo menos seis meses. No entanto, muitos pacientes acabam interrompendo o tratamento antes do prazo devido a diversos fatores, principalmente vulnerabilidades sociais. Além disso, a transmissão da tuberculose é bastante comum entre a população carcerária, o que se torna mais um desafio no combate à doença.
É importante ressaltar a importância de manter a vacinação em dia. No dia 1º de julho de 1921, os pesquisadores franceses Léon Charles Albert Calmette e Jean-Marie Camille Guérin anunciaram a descoberta da vacina BCG, cujo nome é derivado de seus sobrenomes. Essa data é uma oportunidade para conscientizar a população sobre a importância de cumprir o calendário vacinal. A SES-RJ tem buscado parcerias e realizado reuniões com representantes do Unicef para desenvolver estratégias efetivas que estimulem a vacinação.
Além de seguras, as vacinas são uma das medidas mais eficazes na proteção contra doenças imunopreveníveis. O estado do Rio de Janeiro possui cerca de 2.000 salas de vacina distribuídas em seus 92 municípios, administradas pelas equipes municipais de saúde de acordo com a programação de cada cidade. A SES-RJ promove frequentemente capacitações para as equipes de imunização, Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária, incentivando a busca ativa por não vacinados, visitas domiciliares e vacinação extramuros para atualização dos esquemas vacinais em atraso.
É fundamental que a população esteja consciente da importância da vacinação para a prevenção de doenças e que as autoridades de saúde continuem trabalhando para ampliar a cobertura vacinal e combater a tuberculose no Rio de Janeiro.
