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Salário na agropecuária sobe 5,5% e mulheres do campo têm menor taxa de desemprego desde 2015

Salário na agropecuária sobe 5,5% e mulheres do campo têm menor taxa de desemprego desde 2015 | Arquivo/Agência Brasil

O salário na agropecuária cresceu 5,5% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023.

O valor médio pago aos trabalhadores passou de R$ 2.022 para R$ 2.133, segundo o Anuário Estatístico da Agricultura Familiar, publicado pela Contag e pelo Dieese. A pesquisa cobre empregos nas áreas de agricultura, pecuária, pesca, aquicultura e produção florestal.

O avanço ocorreu de forma desigual no país. O Norte registrou aumento de 21%; o Sul, de 9,7%; o Nordeste, de 7,5%; e o Sudeste, de 1,7%. Já o Centro-Oeste apresentou retração de 7,9% nos salários, mesmo mantendo a média salarial mais alta do Brasil: R$ 3.492.

O valor supera os do Sul (R$ 3.147), Sudeste (R$ 3.147), Norte (R$ 1.997) e Nordeste (R$ 1.081).

A presidente da Contag, Vânia Marques Pinto, afirma que o objetivo do anuário é servir como base para pressionar o poder público.

“A Contag vem pautando os entes federativos para rever e qualificar políticas públicas para os povos do campo, da floresta e das águas”, disse em nota à imprensa.

Desemprego entre mulheres do campo atinge menor índice desde 2015

O levantamento destaca outro dado relevante: o desemprego entre as mulheres da zona rural caiu para 7,6% em 2024, o menor patamar em quase uma década.

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A melhora é explicada por dois fatores principais: o aquecimento do mercado de trabalho e o aumento da qualificação das mulheres do campo.

Entre 2012 e 2024, o número de mulheres com Ensino Superior triplicou, passando de 2% para 6%. As que concluíram o Ensino Médio saltaram de 14% para 25%. A proporção de mulheres sem instrução caiu de 14% para 10%, e a de mulheres com ensino fundamental incompleto caiu de 50% para 38%.

“Segundo a pesquisa, o nível de instrução das mulheres acima de 15 anos que moram em zonas rurais avançou significativamente entre os anos de 2012 e 2024. O percentual das que possuem Ensino Superior triplicou, saindo de 2% para 6%. A fatia daquelas que concluíram o Ensino Médio também subiu significativamente, passando de 14% para 25% no período. Ao mesmo tempo, a população feminina rural sem instrução e com menos de um ano de estudo recuou de 14% para 10%, enquanto a parcela com Ensino Fundamental incompleto caiu de 50% para 38%”, registra a nota da Contag.

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