
Qual era o real nome da cantora Preta Gil; entenda o significa do apelido | Reprodução/Instagram
A cantora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de complicações de um câncer no intestino. Desde janeiro de 2023, ela lutava contra a doença com tratamentos no Brasil e nos Estados Unidos.
Preta era filha do cantor Gilberto Gil e de Sandra Gadelha, e construiu uma carreira sólida na música, TV e nos bastidores do entretenimento. Carta do filho para mãe comove o Brasil.
Qual era o nome verdadeiro de Preta Gil?
O nome verdadeiro de Preta Gil era Preta Maria Gadelha Gil Moreira. Em entrevista ao programa Roda Viva, ela contou que o nome enfrentou resistência no cartório no momento do registro.
“Preta não é nome de gente”, teria dito o escrivão.
Gilberto Gil contestou a recusa, comparando o nome a outros como “Clara” ou “Branca”, que são comuns. O cartório aceitou registrar “Preta”, desde que viesse acompanhado de um nome católico. Assim surgiu o “Maria”, escolhido pela avó materna como alternativa.
Um nome que virou símbolo
Na infância, Preta chegou a pensar em mudar de nome por sofrer bullying. Mas ao longo do tempo, resgatou o orgulho do nome e o transformou em símbolo de identidade, ancestralidade e representatividade negra.
Carreira marcada por pluralidade
Formada em publicidade, Preta estreou na música aos 29 anos com o álbum Prêt-à-Porter, que trouxe o hit “Sinais de Fogo”, de Ana Carolina. Ela ainda lançou os álbuns Preta (2005), Noite Preta (2010), Sou como Sou (2012), Bloco da Preta (2013) e Todas as Cores (2017).
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Seu bloco de carnaval, o Bloco da Preta, chegou a reunir mais de 500 mil foliões no Rio.
Referência fora dos palcos
Preta também atuou em novelas e séries como Ó Paí, Ó, As Cariocas e Vai que Cola. Como empresária, fundou a agência Mynd, que representava artistas como Pabllo Vittar, Luísa Sonza e Camilla de Lucas.
Em 2021, gravou a faixa Meu Xodó com o filho Fran, destacando a parceria como parte essencial da sua cura emocional.
Legado
Preta Gil deixa uma trajetória marcada por empoderamento, autenticidade e diversidade cultural. Seu nome, antes rejeitado por burocratas, virou bandeira de representatividade e foi eternizado por sua força e simbolismo.