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Imprensa internacional reage ao tarifaço de Trump contra o Brasil

Trump anuncia novas tarifas sobre importações brasileiras em discurso oficial

Imprensa internacional reage ao tarifaço de Trump contra o Brasil | Reprodução

A decisão de Donald Trump de impor tarifa de 50% ao Brasil a partir de 1º de agosto provocou reações imediatas na imprensa internacional. O republicano, favorito entre os conservadores nos EUA, condicionou publicamente o recuo das taxas ao fim das acusações criminais contra Jair Bolsonaro (PL).

Enquanto a Bloomberg destacou a reação do mercado, com o real desvalorizado em 3% e o MSCI Brazil ETF caindo 2% no pós-mercado, o Financial Times chamou a atitude de Trump de “intervenção política disfarçada de ação comercial”.

O The Wall Street Journal ligou a medida a um embate entre Trump e o Supremo Tribunal Federal, motivado pelas ações de Alexandre de Moraes contra o discurso de ódio digital no Brasil e nos EUA.

Ameaça estendida ao Brics

O francês Le Monde lembrou que, dois dias antes da decisão, Trump havia ameaçado taxar países alinhados ao Brics, bloco que criticou a guerra comercial dos EUA em uma cúpula no Rio.

O New York Times apontou que o gesto pode ter grandes repercussões econômicas e classificou a chantagem como uma tentativa “extraordinária” de usar tarifas como instrumento de pressão sobre outro país.

A Reuters, por sua vez, destacou que a medida tem base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, usada para autorizar investigações contra práticas desleais.

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Enquanto isso, o governo americano registrou superávit comercial de US$ 7,4 bilhões com o Brasil em 2024, desmontando o argumento de Trump de que estaria apenas “reequilibrando” as trocas.

A retaliação afetará principalmente o agronegócio, setor que representa grande parte das exportações brasileiras para os EUA, com destaque para carne, celulose, minério de ferro e aço.

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