
Emirates confirma translado de Juliana Marins para esta terça | Reprodução
O translado de Juliana Marins, publicitária brasileira que morreu após cair em um vulcão na Indonésia, será iniciado nesta terça-feira (1º), segundo comunicado da Emirates Airlines. O corpo sairá de Bali com destino a Dubai, de onde segue para o Rio de Janeiro na quarta-feira (2).
A confirmação encerra uma sequência de apelos da família, que criticou o que chamou de “descaso” da companhia aérea. Segundo a Emirates, “restrições operacionais” impediram que o transporte ocorresse antes. A empresa diz ter priorizado a logística junto às autoridades locais.
Família cobra nova autópsia e explicações
A família Marins busca autorização judicial para uma nova autópsia no Brasil, alegando falta de clareza quanto à causa e ao momento exato da morte. A Defensoria Pública da União protocolou o pedido com urgência e solicitou que o procedimento ocorra até seis horas após a chegada do corpo ao Galeão.
No entanto, o Plantão Judiciário decidiu não analisar a solicitação. O processo segue agora com um juiz já sorteado. Também foi encaminhado um ofício pedindo que a Polícia Federal abra inquérito para investigar o caso.
Críticas à primeira perícia em Bali
A autópsia inicial foi realizada em Bali, logo após o resgate do corpo do Parque Nacional de Rinjani. O laudo indicou que Juliana morreu por múltiplas fraturas e hemorragia interna, sem sinais de hipotermia. O médico legista afirmou que a brasileira sobreviveu menos de 20 minutos após a queda.
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A divulgação, feita em entrevista coletiva, gerou revolta na família. Segundo Mariana Marins, irmã da vítima, os parentes foram chamados ao hospital para receber o laudo, mas ficaram sabendo do conteúdo pela imprensa.
Governo local admite falhas no resgate
Lalu Muhamad Iqbal, governador da província de Sonda Ocidental, onde está o Monte Rinjani, publicou um vídeo pedindo desculpas e reconhecendo a falta de estrutura para resgates em áreas de risco. Ele prometeu revisar os protocolos de salvamento na região.
Segundo Iqbal, o terreno arenoso e a neblina impediram a aproximação dos helicópteros, tornando a operação arriscada. Ele também destacou a falta de profissionais especializados e equipamentos adequados para resgate vertical.
O governador concluiu que a infraestrutura do parque “não acompanha o crescimento do turismo internacional” e que medidas serão tomadas para corrigir isso.