InternacionalLeste FluminenseNiterói

Família denuncia descaso no traslado do corpo de brasileira morta na Indonésia

Pai de Juliana Marins na Indonésia aguarda repatriação do corpo da filha após acidente fatal

Família denuncia descaso no traslado do corpo de brasileira morta na Indonésia | Reprodução

A luta da família da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, não acabou com a confirmação da morte. Neste domingo (29), parentes da jovem usaram as redes sociais para denunciar o descumprimento de acordos no traslado do corpo da brasileira — morta após cair de um penhasco durante trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia.

Com uma página criada no Instagram para relatar o drama, os familiares acusam a companhia Emirates Airlines de barrar o embarque do corpo, mesmo com a logística já acertada.

“É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana para casa!”, diz o texto.

Segundo os relatos, um voo saindo de Bali já havia sido confirmado, mas a empresa alegou de última hora que o bagageiro “ficou lotado”, impossibilitando o embarque do caixão.

Vítima de negligência antes e depois da morte

Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani no dia 21 de junho quando despencou de um penhasco. Por dias, ficou visível apenas por imagens de drone. Em um dos vídeos, ainda se movia, acendendo a esperança da família.

O resgate, no entanto, só ocorreu quatro dias depois, em 25 de junho, e apenas após a confirmação de sua morte. A família considera que houve negligência internacional, tanto no socorro quanto no tratamento pós-morte.

+ MAIS NOTÍCIAS DE NITERÓI? CLIQUE AQUI

A causa da morte, conforme a autópsia feita na Indonésia, foi uma hemorragia interna causada por múltiplos traumas, que a levaram ao óbito em menos de 20 minutos após o acidente.

Apoio financeiro e homenagem em Niterói

A comoção com o caso levou a Prefeitura de Niterói a cobrir os custos do traslado, repassando R$ 55 mil à família. Além disso, uma trilha e um mirante da cidade foram rebatizados com o nome de Juliana, como forma de homenagem.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao Itamaraty que prestasse assistência total à família. Um decreto presidencial publicado na sexta-feira (27) autorizou o governo a bancar translados de brasileiros mortos no exterior.

Enquanto o pai de Juliana, Manoel Marins, segue na Indonésia, o Brasil acompanha, indignado, a luta por respeito, mesmo na morte.

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *